Publicada em 17/10/2025 às 09h16
Luís Roberto Barroso encerra nesta sexta-feira (17) sua trajetória de 11 anos no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro, que antecipou a aposentadoria, deixa a Corte após ter sua saída formalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em decreto publicado no Diário Oficial da União. A aposentadoria passa a valer a partir deste sábado (18).
Nomeado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, Barroso poderia permanecer no cargo até 2033, quando completaria 75 anos. Ao longo da carreira, foi protagonista em decisões de grande impacto e assumiu a presidência do STF em 2023, consolidando-se como uma das vozes mais influentes da Corte.
Na quarta-feira (15), o magistrado teve um mal-estar durante uma sessão e foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Após exames, recebeu alta no dia seguinte.
Com o encerramento do ciclo de Barroso, Lula inicia articulações para escolher o novo integrante do Supremo. Entre os nomes mais citados estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Parte dos ministros, porém, resiste à indicação de Messias.
O debate sobre sucessão reacendeu a pauta da representatividade feminina no tribunal. A ministra Cármen Lúcia, única mulher atualmente no STF, defendeu em evento da Faculdade de Direito da USP a importância de mais mulheres em cargos de poder. O próprio Barroso já havia declarado que “veria com gosto” a escolha de uma sucessora.



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