Publicada em 25/09/2025 às 10h35
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que autoridades da Rússia vão "precisar saber onde estão os abrigos antiaéreos mais próximos" se Vladimir Putin não terminar com a guerra contra seu país. Em resposta, o governo russo ameaçou com "armas que bunker nenhum protege".
“Se não pararem com a guerra, eles vão precisar saber onde ficam os abrigos antiaéreos. Eles precisam saber disso”, disse Zelensky ao site americano "Axios" em entrevista publicada nesta quinta-feira (25).
Ao "Axios", Zelensky disse que pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um novo sistema de armas que, segundo ele, aceleraria o fim da guerra e forçaria Putin a ir à mesa de negociações. O líder ucraniano sugeriu também que os centros de poder da Rússia, como o Kremlin (sede do governo russo), estariam na mira da Ucrânia.
“Eles têm que saber que nós, na Ucrânia, todos os dias, vamos responder. Se eles nos atacarem, nós vamos responder”, disse Zelensky. No início deste mês, um prédio do governo ucraniano foi atingido por um bombardeio russo pela primeira vez na guerra, iniciada em fevereiro de 2022.
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, respondeu à fala de Zelensky com ameaças à Ucrânia e aos EUA ao dizer que a Rússia tem um arsenal que nenhum bunker ou abrigo antiaéreo é capaz de proteger. Medvedev é ex-presidente russo e um dos maiores aliados do presidente Vladimir Putin.
"O que esse sujeito precisa saber é que a Rússia pode usar armas contra as quais um abrigo não é capaz de proteger. Os americanos também deveriam ter isso em mente", disse Medvedev. Em sua fala, ele citou que os ataques a que Zelensky se referiu poderiam ser feitos com armas de longo alcance dos EUA.
A troca de ameaças entre Zelensky e Medvedev ocorre após o líder ucraniano ter uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir a guerra na Ucrânia. Após o encontro, Trump disse que a Ucrânia pode ser capaz de recuperar todo o território perdido desde o início do conflito e chamou a Rússia de "tigre de papel" —a Rússia rebateu ambas as alegações.



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