Publicada em 15/09/2025 às 10h52
A China acusou os Estados Unidos de "intimidação unilateral" após o presidente americano Donald Trump, ter pedido aos aliados que imponham tarifas à China pela compra de petróleo russo em uma nova tentativa de pressionar a Rússia a encerrar a guerra da Ucrânia.
O Ministério do Comércio chinês chamou de "um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica" o pedido de Trump para que aliados do G7 (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, além dos EUA) e países da Otan imponham tarifas secundárias sobre as importações chinesas devido à compra de petróleo russo.
No sábado, Trump propôs aos aliados europeus "sanções severas" contra a Rússia e tarifas secundárias a países que comprem petróleo russo, em uma nova tentativa de pressionar economicamente Moscou como forma de acelerar o fim da guerra da Ucrânia, que já dura mais de três anos e meio.
Na carta, o presidente norte-americano também sugeriu aos aliados da Otan tarifas elevadas "entre 50 a 100%" sobre produtos chineses até que o conflito entre Rússia e Ucrânia acabe, além de pedir que os europeus parem de comprar petróleo russo.
"A China tem um forte controle, e até mesmo domínio, sobre a Rússia, e essas tarifas poderosas romperão esse controle", afirmou Trump.
A China é um aliado e grande parceiro econômico da Rússia, e aproximadamente 17,5% das importações chinesas de petróleo vêm do vizinho. Os laços geopolíticos e comerciais entre os dois países se intensificaram ao longo dos últimos anos, de modo que o governo russo se voltou a países não-Ocidentais para suas exportações à medida que começou ser alvo de sanções por conta da invasão à Ucrânia, em 2022.



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