Publicada em 02/07/2025 às 08h13
Por que Bolsonaro quer a metade do Congresso Nacional?
CARO LEITOR, o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na Avenida Paulista no domingo (29) foi um recado à militância da extrema-direita no país. Ele quer, em suas palavras, “metade da Câmara e metade do Senado” nas urnas das eleições de 2026. Caso o resultado seja positivo, Bolsonaro deseja comandar um governo paralelo a partir de fevereiro de 2027. Para esse desejo se tornar realidade, basta o eleitor depositar o seu voto nos candidatos da extrema-direita no pleito eleitoral de 2026. Neste caso, Bolsonaro evidenciou que o voto deveria ser no Partido Liberal – PL 22. Diante da repercussão negativa da sua fala entre seus aliados de outros partidos da direita e de centro-direita, Bolsonaro usou as redes sociais para negar o inegável, ou seja, recuou na orientação ao voto apenas nos candidatos do PL.
Atropelou
O discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na Avenida Paulista no domingo (29) orientando o voto da militância da extrema-direita no partido PL atropelou os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Eduardo Leite (PSD-RS) e Ratinho Júnior (PSD-PR).
Convívio
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) com a metade do Congresso Nacional na mão, como seria o convívio num eventual governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Eduardo Leite (PSD-RS) e Ratinho Júnior (PSD-PR)?
Vassalagem
De olho no voto e na militância bolsonarista, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) demonstram vassalagem incondicional ao “mito”.
Protagonismo
Os governadores Eduardo Leite (PSD-RS) e Ratinho Júnior, ambos do (PSD-PR), procuram manter um posicionamento próprio de político de espectro ideológico de direita. A recém-propaganda eleitoral do PSD no rádio e na televisão deu protagonismo a Leite e a Ratinho, ambos podem disputar o Palácio do Planalto em 2026.
Farinha
A Petrobrás, Banco do Brasil, Itaipu, Correios e cargos estratégicos nos ministérios estão na mira dos partidos União Brasil, PP e Republicanos. Os líderes das três legendas exigem mais espaços dentro do Governo Lula III e ameaçam abandonar a base governista. Neste caso, o que vale é: farinha pouca, meu pirão primeiro.
Nominata
Falando em farinha, em Rondônia, a federação partidária União Brasil e PP – União Progressista, deverá contar com uma nominata pesada para deputado federal. A legenda poderá ter na disputa Maurício Carvalho/Mariana Carvalho, Cristiane Lopes, Luana Rocha, Elis Regina, Ezequiel Neiva, Elis Regina, Jaqueline Cassol/Luiz Paulo, Jesualdo Pires e Elias Rezende.
Conteúdo
Leitores da coluna perguntaram a minha análise em relação ao conteúdo das séries de entrevistas do governador Coronel Marcos Rocha, evidenciando o desgaste na relação com o vice-governador Sérgio Gonçalves, ambos do União Brasil.
Opinião
Consultei jornalistas políticos, deputados estaduais, lideranças políticas e partidárias, além de marqueteiros de escala local e nacional em relação ao conteúdo da série de entrevistas do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), na opinião da maioria: “O governador está fazendo política com o ‘estômago’ e o ‘fígado’. Por sua vez, implodindo o governo”.
Jogada
Na minha análise pura, acredito ser uma jogada ensaiada do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) junto à opinião pública para mais tarde dizer que não pode deixar o governo nas mãos do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), mediante a possível volta de Júnior Gonçalves à Casa Civil num eventual governo do irmão. Esse último, desafeto político de Rocha.
Indicaria
Não deixando o governo para disputar uma das vagas ao Senado, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) indicaria o seu fiel escudeiro e atual secretário-chefe da Casa Civil, Elias Resende, como candidato a vice-governador pelo Podemos na chapa encabeçada pelo prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD).
Indicaria
Com esse movimento de não disputar uma das vagas ao Senado e ficar à frente do governo até o término do mandato, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) trabalharia o nome da primeira-dama Luana Rocha para compor o Tribunal de Contas do Estado – TCE.
Preenche
A primeira-dama Luana Rocha preenche os pré-requisitos exigidos pela Constituição estadual juntamente com a Lei Complementar nº 1.024/2019, para ser indicada e nomeada Conselheira no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO). Neste caso, o principal requisito: dez anos de serviço público.
Aliança
Esse movimento político do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) pode formalizar uma aliança política entre o Podemos do prefeito Léo Moraes (Podemos) e o PSD de Expedito Júnior. Aliados nas eleições de 2022. Vale lembrar que Elias Rezende trabalhou abertamente pela vitória de Léo ao Prédio do Relógio, portanto, um aliado de primeira hora.
Compor
A aliança política entre PSD e Podemos, construída pelo governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) como alternativa aos irmãos Gonçalves, ainda pode atrair a deputada federal Silvia Cristina (PP) para o PSD para compor chapa majoritária encabeçada pelo prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, e Elias Rezende.
Endereçado
Na sessão extraordinária de ontem (01) da Ale-RO, o deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) fez um pronunciamento endereçado ao governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), dizendo que tem gente perversa, insana e com coração do mal porque passou seis anos na geladeira, jogando os deputados um contra o outro e expondo a Assembleia Legislativa.
Desafina
O deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) disse ainda que o governador Marcos Rocha (União Brasil) tem um coração bom, cristalino e cheio de Deus, tende a escutar os mais próximos, mas que precisa tirar essa pessoa com o coração cheio de ódio e querendo vingança, que desafina a banda.
Cartas
Analisando o discurso do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB), ele não falou explicitamente quem é o maestro da banda, mas, por dedução, ele deixou no ar que seria o atual secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende. As cartas estão na mesa e, como no jogo do truco, quem vencer a mão, ganha o jogo.
Truco
No jogo de truco – baralho, existe a jogada "mão de ferro". Em caso de empate em 10 a 10, as duas duplas disputam a mão às cegas. As cartas permanecem viradas de cabeça para baixo, ninguém pode ver suas próprias cartas. Quem vencer a mão, ganha o jogo.
Ataques
O atual secretário-adjunto da SEDAM, Gilmar Oliveira de Souza, sofreu ataques nas redes sociais nos últimos dias e leitores da coluna perguntaram por que não tratamos do tema. Estamos apurando os fatos e amanhã traremos os detalhes com veracidade dos ataques endereçados a Gilmar.
Livro
O advogado Manoel Veríssimo lança hoje (2), o livro de sua autoria com o seguinte título: Legendário - o homem que subiu a montanha. O evento está marcado para acontecer às 19:30h no Espaço Carol Beloto, situado na Av. Pinheiro Marchado, 1015, Porto Velho.
Sério
Falando sério, réu no STF por tentativa de golpe de Estado e com discurso folclórico que sempre jogou nas quatro linhas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) precisa fingir apreço pela democracia. Apesar do filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em entrevista à Folha, seguir na mesma linha do pai, dizendo: "Ou ganha um candidato da família para romper com as instituições, ou haverá uma solução de força”. Ou seja, abolindo o Estado democrático de direito com liberdade de opinião e expressão.
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