Publicada em 05/06/2025 às 10h25
O Kremlin confirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu uma resposta ao ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos durante ligação telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O momento e a maneira da retaliação russa ao ataque ucraniano ainda serão decididos e virá no momento que o Exército e Putin considerarem apropriados, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Trump revelou na quarta-feira que, durante uma ligação com Putin, o líder russo disse que "com muita veemência, terá que responder ao ataque" ucraniano. O presidente americano chegou a apagar a publicação sobre a conversa com Putin, mas repostou o texto momentos depois.
Batizado de "Operação Teia de Aranha", o ataque ucraniano de drones atingiu 41 aviões bombardeiros da Rússia em cinco bases militares diferentes no domingo (1º). O ataque, considerado audacioso pelos ucranianos e humilhante para a Rússia, foi comemorado pela Ucrânia e causou danos irreparáveis ao arsenal aéreo do rival. Veja detalhes mais abaixo.
Nas redes sociais, o presidente deu detalhes sobre a conversa com Putin.
"Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", publicou.
Trump deixou claro que, baseado em sua conversa com o líder russo, não vê a paz na guerra da Ucrânia em um futuro próximo.
O teor da conversa acende um alerta para Kiev, já que os EUA são aliados dos ucranianos — apesar de as relações entre as duas partes se encontrarem abaladas desde o retorno de Trump à Casa Branca.
A ligação entre eles ocorreu após uma reunião de alto escalão do governo russo, em que Putin colocou em dúvida as negociações de paz e disse que a Ucrânia não está buscando a paz.


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