Publicada em 24/04/2025 às 11h05
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o ataque feito pela Rússia a Kiev, na Ucrânia, nesta quinta-feira (24). O bombardeio, segundo o governo ucraniano, foi um dos piores desde o início da guerra à capital ucraniana e deixou nove mortos.
Em mensagem direta ao presidente russo, Vladimir Putin, Trump disse que o ataque foi "desnecessário" e acontece em um "momento ruim", em que os dois lados tentam um cessar-fogo com a intermediação dos EUA.
"Eu não estou feliz com os ataques russos a Kiev. Desnecessários e em um momento ruim. Vladimir (Putin), PARE! 5.000 soldados estão morrendo por semana. Vamos fechar o acordo de paz!", escreveu o presidente norte-americano.
Desde que assumiu seu segundo mandato, em janeiro deste ano, Donald Trump vinha mostrando proximidade com Vladimir Putin e inclusive iniciou diálogos bilaterais com a Rússia para negociar um acordo de paz na Ucrânia, excluindo representantes de Kiev.
Ataque a Kiev
O ataque com mísseis e drones realizado pela Rússia atingiu Kiev durante a madrugada desta quinta. Segundo as autoridades locais, além das nove mortes, 63 pessoas ficaram feridas. Há crianças entre as vítimas.
Uma fonte militar ucraniana afirmou à agência de notícias Reuters que o míssil balístico que causou as mortes na cidade é norte-coreano, do modelo KN-23.
Ao menos 42 pessoas foram hospitalizadas, segundo o Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia. As operações de resgate estão em andamento para encontrar corpos sob os escombros. A agência de notícias Associated Press (AP) presenciou equipes de emergência resgatando pessoas e retirando corpos dos destroços.
Incêndios foram registrados em vários edifícios residenciais, segundo Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da cidade. O ataque atingiu pelo menos quatro bairros de Kiev.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou o ataque russo de "um dos mais absurdos" da guerra, e que seu rival deve parar os ataques massivos imediatamente. Zelensky também disse que a Rússia não respeita o cessar-fogo aéreo no Mar Negro acordado com os EUA em março, e anunciou que encurtará uma visita oficial que fazia à África do Sul por conta do ataque.
O Kremlin afirmou na manhã desta quinta-feira que a Rússia continuará sua operação militar para "atingir alvos militares e adjacentes". Segundo o governo russo, o cessar-fogo citado por Zelensky expirou, mas que "continua trabalhando com os EUA para chegar à paz".


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