Publicada em 30/11/2024 às 10h22
"É sublime", disse ele enquanto fazia um tour televisionado junto com sua esposa, Brigitte, e cumprimentava alguns dos mestres artesãos que participaram da restauração de um dos pontos turísticos mais visitados na capital do país europeu.
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a visitar a catedral Notre Dame de Paris na manhã desta sexta-feira (29), cinco anos e meio após um incêndio devastar a construção gótica do século 12.
"É sublime", disse ele enquanto fazia um tour televisionado junto com sua esposa, Brigitte, e cumprimentava alguns dos mestres artesãos que participaram da restauração de um dos pontos turísticos mais visitados na capital do país europeu.
Macron pareceu impressionado com a luz que entrava na nave após a renovação das janelas e disse que a construção está "muito mais acolhedora" depois da limpeza da sujeira acumulada durante décadas em suas pedras.
O público terá que esperar um pouco mais para acessar o templo -as cerimônias religiosas e seculares de reabertura estão previstas para daqui oito dias, antes que as portas da catedral se abram novamente para os visitantes.
A lista de convidados para os eventos ainda não foi publicada, mas uma pessoa familiarizada com o tema disse à agência de notícias Reuters que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estava nela, juntamente com outros chefes de Estado, membros de famílias reais e celebridades.
A esposa do atual presidente dos EUA, Joe Biden, Jill, comparecerá à cerimônia, enquanto Trump ainda não respondeu, disse essa fonte. O papa Francisco, por sua vez, já anunciou que não estará presente.
A Presidência francesa não poupou adjetivos para anunciar a visita desta sexta, prometendo um contraste surpreendente com a "abóbada aberta" e o "cheiro insuportável" da noite do incêndio, em 15 de abril de 2019.
Naquele dia, telespectadores da França e de todo o mundo viram o telhado e a torre da catedral desabando em um incêndio, ainda sem causa definida, que ameaçou as torres principais do sino, por fim poupadas da destruição.
Na ocasião, Macron se comprometeu a reabrir o edifício em um prazo de cinco anos, o que suscitou certo ceticismo. Agora, ele apresenta sua reabertura como o ponto culminante de um ano do "orgulho francês" após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, em contraste com sua fragilidade política.
"Foi um projeto de renovação excepcional", disse o entalhador de pedra Samir Abbas, 38, aliviado por ter terminado no prazo. Em frente à catedral, ele aguardava junto com outros 1.300 trabalhadores a chegada de Macron -as 2.000 pessoas que contribuíram para a restauração foram convidadas para a visita.
Eles usaram métodos antigos para restaurar, reparar ou substituir tudo o que foi destruído ou danificado. A icônica agulha da construção, projetada por Viollet-le-Duc no século 19, foi reconstruída de forma idêntica.
"Vocês veem a catedral como nunca a viram", afirmou Philippe Jost, responsável pela restauração, "cinco anos após a visão da desolação".
Após a cerimônia de abertura com celebridades e chefes de Estado, na noite de 7 de dezembro, haverá um dia de missas especiais para celebrar a reabertura e agradecer àqueles que ajudaram a reconstruir a catedral.
Tanto dinheiro foi arrecadado para a renovação -mais de € 840 milhões (R$ 5,4 bilhões), de acordo com o gabinete de Macron- que ainda há fundos restantes para mais investimentos no prédio. Agora, a Igreja Católica espera que a catedral receba cerca de 15 milhões de visitantes anualmente.
"Estamos ansiosos para receber o mundo inteiro sob o teto de nossa catedral", disse o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, em uma mensagem no site da catedral, expressando a gratidão da instituição a todos que ajudaram a salvá-la.