Publicada em 26/08/2023 às 09h10
Porto Velho, RO – Há uma semana, o Rondônia Dinâmica veiculou opinião intitulada “Com liderança ‘‘meia-boca’’, bancada federal ignora crise aérea em Rondônia e Câmara de Porto Velho assume papel de intermediação”.
Em suma, a veiculação indicou que a crise aérea em Rondônia está além da escassez de voos, revelando um problema sistêmico enraizado no âmbito político e regulatório.
Empresas como Azul e Gol retiraram voos, deixando a população isolada. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a classe política federal estavam, portanto, inertes diante da situação, enquanto a Câmara Municipal de Porto Velho se destacava por buscar soluções através de audiências públicas. A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), idem.
A falta de compromisso da Bancada Federal de Rondônia naquele momento era evidente, com pouca ação efetiva para enfrentar a crise. A liderança política do grupo, no caso Maurício Carvalho, do União Brasil, parecia mais voltado a agendas pessoais do que às necessidades da população, negligenciando a importância da acessibilidade e do desenvolvimento regional. A ANAC, órgão regulador da aviação, também falhou em assumir a responsabilidade, adotando uma postura evasiva diante da crise que afeta a conectividade da região.
Enquanto a esfera federal permanecia inerte, a Câmara Municipal de Porto Velho surge como uma surpreendente força de intermediação, promovendo audiências públicas e demonstrando a capacidade da política em resolver problemas em nível local. Essa atitude destaca a necessidade de ação política em prol da população, apesar das complexidades envolvidas.
Agora, após cobranças tanto da imprensa quanto da população de modo geral, outros atores da vida pública estão se envolvendo no imbróglio, inclusive os congressistas eleitos pelo estado.
Já a bancada federal resolveu, finalmente, se mexer. Isto, conduzindo uma reunião liderada pelo coordenador, Maurício Carvalho, com o objetivo de compartilhar os dados da recente audiência pública sobre a crise aérea.
O deputado tem mantido diálogo com a ANAC para abordar problemas como altos custos de passagens e falta de voos.
Unindo forças com a bancada, eles se esforçaram para fornecer soluções, alega o texto assinado pela assessoria do deputado.
“Na continuação das discussões, após a última audiência na Câmara dos Deputados com as companhias aéreas, foram apresentados à ANAC os dados meticulosamente coletados durante o encontro anterior. Durante a reunião, representantes das companhias aéreas Azul, Gol e Latam expressaram o firme compromisso de continuar operando voos no estado. Eles sublinharam a necessidade de aliviar a pressão sobre os custos, visando restaurar a normalidade e expandir o número de voos”.
Em suma, representantes de companhias aéreas expressaram compromisso em operar voos no estado e pediram alívio nos custos. A bancada está buscando apoio junto a entidades como o Conselho Nacional de Justiça e colaborando com o governo estadual. O diretor da ANAC planeja visitar Rondônia, representando, segundo o parlamentar, um avanço. Maurício Carvalho também se encontrou com a Vinci Airports Brasil para discutir o desenvolvimento do Aeroporto de Porto Velho.
Portanto, resta de crucial importância o serviço prestado pelo jornalismo como um agente de pressão e informação na esfera política.
Através da veiculação de matérias e opiniões, o Rondônia Dinâmica e outros veículos de imprensa corroboram sobremaneira para identificar e a comunicar questões envoltas à crise aérea local. E também direcionam, paralelamente, a atenção do público para a inércia política e regulatória, instigando uma resposta d das autoridades competentes.
O caso em questão demonstra como a cobertura de questões públicas pode desencadear uma reação por parte das dos homens públicos.
Diante da pressão exercida pela imprensa em nome do interesse público, políticos e gestores foram compelidos a se envolver mais ativamente no problema, seja por meio de ações legais como a Ação Civil Pública, seja por reuniões e discussões para buscar soluções concretas.
Isso ilustra o papel essencial da mídia em incentivar ações concretas das autoridades, enquanto mantém a sociedade informada e engajada para agir em prol de mudanças positivas em sua comunidade.
A convergência entre a pressão midiática sem exageros, alarmismo e sensacionalismo “barato” e a resposta política resultou na mobilização necessária para lidar com a crise aérea em Rondônia, evidenciando como o jornalismo pode catalisar ações efetivas para o bem comum.