Publicada em 20/12/2025 às 09h41
PORTO VELHO (RO) - Apesar de vários nomes ocuparem o noticiário político regional pelos mais diversos órgãos de comunicação (rádio, TV, sites, redes sociais e até alguns jornais impressos que ainda circulam no Estado) desde o início do ano, ainda não temos um quadro real para as Eleições Gerais de 2026, quando o assunto é a sucessão estadual. Vários políticos já se apresentaram, mas ainda não temos uma dupla de pré-candidatos a governador e vice despontando como parceria forte para governar Rondônia a partir de 2027.
Sem a preocupação de cometer injustiças, não é possível abordar a disputa pelo Governo do Estado sem citar nomes como o do ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que preside o PSDB no Estado. Hildon governou a capital em dois mandatos seguidos e deixou o cargo com mais de 70% de aprovação popular. É um nome expressivo e com muitas chances de se eleger governador.
Em Porto Velho, o vice-governador Sérgio Gonçalves (UB) já se manifestou publicamente que é pré-candidato a governador. O governador Marcos Rocha, que preside o União Brasil em Rondônia, formata uma pré-candidatura ao Senado, que terá duas vagas em disputa, as dos presidentes estaduais do MDB, Confúcio Moura, e do PL, Marcos Rogério. Caso Rocha renuncie seis meses antes para concorrer ao Senado, Sérgio terá chances reais de uma candidatura forte, pois assumirá o cargo de governador e concorrerá à reeleição com a “máquina” administrativa em mãos. A possibilidade de sucesso é enorme, mas tudo fica condicionado à renúncia de Rocha, que certamente não terá o apoio do seu atual vice em uma investida ao Senado.
O comandante da Polícia Militar (PM) em Rondônia, coronel Régis Braguin, vem sendo citado a cada dia com mais constância no cenário político estadual. A onda de violência que assola Rondônia (situação que não é diferente na maioria dos estados) favorece o coronel Braguin, que realiza um bom trabalho, apesar de a violência e a criminalidade estarem sempre crescentes e preocupantes.
A invasão das facções criminosas na capital e no interior, com constantes execuções, inclusive em vias públicas, e a expansão do tráfico de drogas são desafios que Braguin enfrenta como comandante da PM, que realiza o trabalho policial ostensivo-preventivo. Já conseguiu reduzir as ações criminosas, mas tem muito trabalho pela frente. É um nome que pode surpreender.
Temos também os dois senadores Confúcio Moura, que já governou Rondônia em dois mandatos seguidos, e Marcos Rogério. Estava programada para este sábado (20) uma reunião regional do PL em Ji-Paraná, com a finalidade de definir o nome de Rogério para concorrer a governador, mas pessoas ligadas a ele garantem que seu futuro político é disputar a reeleição.
Já Confúcio Moura é uma enorme interrogação. Sua trajetória política é das mais vitoriosas (prefeito de Ariquemes, governador, deputado federal e senador), mas não há como afirmar se disputará a reeleição ou a sucessão estadual. Sempre foi um político de definições “indefinidas” e continua assim, pois, em recente encontro político em Ji-Paraná, disse que estaria concorrendo a governador e até convidou o ex-deputado estadual Airton Gurgacz (PDT) para vice, cargo que ele ocupou no primeiro mandato do governo Confúcio. Na última semana, já admitiu a disputa pela reeleição ao Senado. Mas está tudo dentro da sua linhagem política.
Como dizia, sabiamente, o saudoso ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto: “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”. A frase continua atual.
O nome do deputado federal Fernando Máximo ficou para o final, porque seria o único que já teria definido até uma parceria para vice, justamente como deve ser uma candidatura à sucessão estadual, com um nome da capital e outro do interior. Máximo tem domicílio eleitoral em Porto Velho, foi secretário de Estado da Saúde no primeiro mandato de Rocha e foi o deputado federal mais bem votado em 2022, com 85.596 votos.
Nesta semana, esteve reunido com o prefeito reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), formatando uma parceria na luta da população contra a obesidade. O projeto foi lançado no município visando ao controle e combate à obesidade humana, com acompanhamento médico contínuo, orientação nutricional e monitoramento clínico. A ação é da prefeitura e tem o apoio do deputado.
Máximo, há tempo, trabalha uma candidatura a governador e busca um nome forte no interior para vice. Flori foi reeleito com 74,43% dos votos válidos em 2024 e, a princípio, estaria se preparando para concorrer à Câmara Federal. Mas nada impede que formalize parceria com Máximo, formando uma dupla com enormes chances de sucesso nas eleições do próximo ano.



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