Publicada em 17/12/2025 às 15h43
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta quarta-feira (17) uma "desescalada imediata" entre os Estados Unidos e a Venezuela e que os dois países tenham moderação neste momento de tensões acirradas.
Guterres e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conversaram por telefone nesta quarta em meio às tensões.
Guterres pede que ambos os países “cumpram suas obrigações sob o Direito Internacional, incluindo a Carta da ONU e qualquer outro arcabouço jurídico aplicável, para salvaguardar a paz na região”, disse o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, a jornalistas.
Além da ONU, diversos países do mundo estão se pronunciando sobre a mais nova ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou na terça que a Venezuela está "completamente cercada" e determinou um bloqueio total a petroleiros alvos de sanções que entram e saem do país sul-americano.
Os aliados Rússia e a China expressaram apoio ao regime Maduro nesta quarta-feira. Moscou afirmou que as tensões na América Latina podem trazer "consequências imprevisíveis" ao Ocidente, e Pequim disse "se opor a qualquer forma de assédio unilateral".
O regime Maduro repudiou o anúncio de Trump, que chamou de "ameaça grotesca" vinda dos EUA. O movimento dos EUA adicionou uma nova camada à escalada de tensões sem precedentes entre os dois países. A escalada conta com uma mobilização militar em grande escala dos EUA no Caribe, bombardeios a barcos no mar do Caribe e no Oceano Pacífico e a apreensão de um navio petroleiro venezuelano. (Leia mais abaixo)
Além dos aliados, os governos do México e da Alemanha também se pronunciaram nesta quarta-feira. A presidente Claudia Sheinbaum pediu que a ONU "evite o derramamento de sangue" na Venezuela e se dispôs a atuar como mediadora entre EUA e Venezuela. Já o Ministério das Relações Exteriores alemão disse ter interesse em prevenir uma piora da situação na América Latina.



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