Uma noite de emoção e reconhecimento para jornalistas que dedicaram seu tempo e profissionalismo para informar a população sobre direitos, cidadania, decisões, projetos e programas do Judiciário de Rondônia. A celebração reuniu no Centro de Memória do Tribunal de Justiça, quarta-feira, 10 de dezembro, finalistas, familiares e convidados para prestigiar os destaques do II Prêmio Judiciário Rondoniense de Comunicação.
“Foram mais de cinquenta inscritos, com uma qualidade incrível nos trabalhos e um cuidado dos jornalistas em produzir informação de qualidade sobre a Justiça”, disse a coordenadora de Comunicação do TJRO, Ana Lídia Daibes.
A juíza auxiliar da Presidência, Karina Sobral, reforçou a importância da parceria com a imprensa para levar informações essenciais à população. E o presidente do TJRO, desembargador Miguel Filho, demonstrou gratidão aos profissionais. “O Prêmio é a nossa forma de reconhecimento desta ponte entre o tribunal e o cidadão que os comunicadores representam”, reforçou.
Homenagem
Antes de anunciar os vencedores, o Prêmio foi marcado por duas homenagens. A primeira ao jornalista e proprietário do Alto Madeira, Euro Tourinho, falecido em 2019, aos 97 anos. O legado do grande pioneiro da comunicação foi lembrado em vídeo. A família Tourinho subiu ao palco e a neta, juíza aposentada Euma Tourinho, recebeu a deferência. “Estamos muito honrados pela homenagem e pelo reconhecimento do legado do meu avô”, disse Euma.
A segunda homenagem foi para a jornalista Maríndia Moura, que foi surpreendida com o anúncio. O vídeo da trajetória do conhecido rosto do telejornalismo rondoniense, correspondente da emissora Globo por muitos anos no jornal Nacional, emocionou Maríndia e empolgou a todos. “São 28 anos de TV e mais 4 anos de Ministério Público, então posso dizer que também tenho um legado. Estou muito agradecida por esse reconhecimento”, refletiu.
Agradecimentos também às profissionais que compuseram a banca avaliadora desta edição do prêmio, com dedicação, sensibilidade técnica e compromisso contribuíram para a valorização da comunicação pública e jornalística no estado. Juliana Bandeira, assessora de comunicação do Ministério Público de Rondônia; Yonara Werri, assessora de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região e Yalle Dantas, jornalista com mais de 30 anos de atuação na comunicação rondoniense, subiram ao palco para deferência.
Assista ao vídeo de homenagem ao jornalista Euro Tourinho
Assista ao vídeo de homenagem à jornalista Maríndia Moura
Vencedores
No auditório lotado, muita expectativa para saber os vencedores, que foram recebidos com tapete vermelho. A cada anúncio, festa da plateia e realização para os vencedores.
Na categoria Acadêmico, a vendedora foi Nathali Fernanda Machado da Silva (Podcast "Um minuto, um direito delas"), agraciada com troféu e cinco mil reais. Já a categoria Redes Sociais Beatriz dos Santos Galvão Bicho (Adultização e violência contra a criança: a atuação do TJRO para proteger a infância em Rondônia), levou o troféu, também recebeu 5 mil reais.
Beatriz foi duplamente premiada, pois ficou em 2º lugar na categoria escrita e multimídia (Estupro virtual: condenação em Rondônia expõe urgência de proteger a infância no ambiente digital), recebendo 6 mil reais. Na mesma categoria, Jaíne Quele Silva da Cruz (Como o acolhimento temporário de crianças ajudou mulher a enfrentar o luto em RO: 'Nada é para sempre´), ficou em 3º lugar (prêmio de 4 mil reais) e Amanda Oliveira do Nascimento (O papel da Justiça contra a injúria racial), em 1º lugar (10 mil reais).
“Já estava muito animada quando saiu a lista dos finalistas, mas durante a cerimônia, me emocionei ao ver que conquistei o primeiro lugar com a matéria sobre um homem negro que sofreu injúria racial e teve que sair da instituição onde trabalhava, mas após uma decisão judicial ele conseguiu voltar e passou a desenvolver projetos de pesquisa sobre práticas antirracistas em escolas e bibliotecas. O prêmio do TJRO é muito importante para o reconhecimento ao trabalho dos profissionais da comunicação. Ele também ajuda a destacar matérias que dão voz a histórias relevantes e incentivam reflexões profundas na sociedade. Essa valorização não apenas fortalece a credibilidade da profissão, mas também motiva os profissionais a continuarem produzindo conteúdos que transformam realidades e impactam positivamente a vida das pessoas”, declarou Amanda.
Na categoria audiovisual, a mais concorrida pelo número de trabalhos inscritos, teve a seguinte classificação: em 3º lugar Cássia Firmino (Famílias formadas pelo laço de amor), em 2º Emily Torres Bravo (Justiça e esperança: convênios com o tj/ro garantem oportunidade de ressocialização) e em 3º, Benedito Teles (Olhar da Justiça), com premiações de 4, 6 e 10 mil reais respectivamente.
“Essa reportagem trouxe através do relato da família da Camila, esclarecimentos sobre a adoção e o quanto esse processo é importante para a garantia de direitos de crianças e adolescentes. Enquanto imprensa, nosso trabalho visa isso, contar histórias e propagar uma informação de qualidade e que oriente as pessoas. Essa é nossa maior missão. Ver essa reportagem entre as selecionadas e premiadas, foi muito importante enquanto profissional. Um reconhecimento que vou levar para toda a vida”, contou Cássia Firmino.
Para o jornalista Benedito Teles, o Prêmio do Judiciário se transformou em uma celebração da imprensa livre e do jornalismo de qualidade. “Um fórum em que todos os jornalistas apresentam propostas, narrativas e histórias. Em que a escuta prevalece e que reverenciamos o jornalismo como um dos pilares da democracia. A vitória é da sociedade que tem a oportunidade de fortalecer a transparência e conhecer ainda mais o Judiciário", destacou.
Menção honrosa
Dois trabalhos foram premiados com menção honrosa, recebendo 3 mil reais cada um: No Caminho da Igualdade: Da Exclusão à Inclusão!, de Jéssica Natalí Oliveira de Rodrigues e Reeducandos ganham nova chance por meio da arte com o Programa "Bizarrus", de Nátally Missias Faria de Souza.



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