Publicada em 12/12/2025 às 15h37
María Corina Machado fez uma cinematográfica e meticulosamente planejada fuga da Venezuela nesta semana, que incluiu um disfarce, ajuda de diversas pessoas e dos EUA e uma "assustadora" travessia marítima na calada da noite.
Detalhes da fuga da opositora de Nicolás Maduro para ir à Noruega receber o prêmio Nobel da Paz foram reveladas pelos jornais americanos "The Wall Street Journal" (WSJ) e "CBS News", que entrevistaram pessoas com conhecimento na operação e até mesmo envolvidas na empreitada.
A fuga durou um total de 15 horas e foi extremamente perigosa e complexa, segundo Bryan Stern, veterano das Forças Especiais dos EUA e chefe de uma organização americana de resgate sem fins lucrativos, que executou a operação.
Como Corina Machado vivia escondida desde agosto de 2024 por desafiar Maduro nas eleições presidenciais, a fuga envolveu diversos elementos que parecem ter saído de um filme:
Ela usou um disfarce com peruca, boné e um casaco grande;
Passou por 10 postos militares do Exército chavista entre seu esconderijo e o porto de pescadores;
Viajou até Curaçao a bordo de um barco de pesca pequeno e antigo e em meio a grandes ondas no mar do Caribe;
Avisou ao Exército dos EUA que faria a viagem pelo mar para não ser bombardeada;
Exército americano ajudou equipe privada a localizar barco de Corina Machado após o GPS da embarcação da opositora cair na água.
"Em alguns momentos, senti que havia um risco real para a minha vida, mas também foi um momento muito espiritual porque, no fim, simplesmente senti que estava nas mãos de Deus", disse Corina Machado em coletiva de imprensa em Oslo.



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