Publicada em 17/10/2025 às 09h03
A opositora venezuelana e Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, afirmou que o regime de Nicolás Maduro se mantém através de recursos ilegais provenientes do narcotráfico, contrabando e mineração clandestina, defendendo que esses fluxos financeiros “precisam ser interrompidos”. A declaração foi dada na quinta-feira (16), durante entrevista ao canal colombiano NTN24, no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciaram uma nova ofensiva contra o tráfico no Caribe.
Segundo Machado, o governo de Maduro funciona como uma rede criminosa organizada, sustentada pelo comércio ilícito de drogas, ouro, armas, minerais e pessoas. Ela pediu que governos estrangeiros e agências internacionais divulguem os dados e provas que possuem sobre essas operações ilegais, para que a comunidade internacional adote medidas efetivas contra o regime.
“O regime sobrevive com dinheiro do narcotráfico e do ouro de sangue. Esses fluxos devem ser cortados com urgência”, afirmou a líder da oposição.
Machado também reagiu à ausência de uma manifestação pública da presidente do México, Claudia Sheinbaum, sobre sua premiação com o Nobel da Paz. A líder venezuelana disse que “o silêncio muitas vezes fala mais alto do que discursos” e destacou que recebeu apoio de parte da sociedade mexicana.
Enquanto a oposição denunciava o financiamento ilícito do regime, os Estados Unidos conduziam uma operação militar contra um navio de narcotráfico no Mar do Caribe. Segundo fontes citadas pela agência Reuters, alguns tripulantes sobreviveram, fato considerado inédito nesse tipo de ação.
O presidente Donald Trump confirmou que autorizou a CIA a realizar operações na Venezuela para interromper o envio de drogas ao território americano, intensificando a pressão sobre o governo de Maduro.
A resposta de Caracas veio rapidamente. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela classificou a decisão como uma “grave violação do direito internacional e da Carta da ONU”, acusando Washington de ameaça militar e política de assédio.
“Observamos com extrema preocupação o uso da CIA e as movimentações militares no Caribe, que configuram uma política de agressão contra a Venezuela”, disse o comunicado oficial.



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