Publicada em 22/06/2025 às 09h08
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (21) em suas redes sociais que o país realizou bombardeios contra três usinas nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. Segundo Trump, a operação foi conduzida por forças militares americanas que já teriam deixado o espaço aéreo iraniano após concluir a missão. Com informações da Agência Brasil.
“O principal alvo foi a usina de Fordow. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, declarou Trump, classificando o ataque como um "grande sucesso".
A ofensiva ocorre no contexto da crescente escalada militar no Oriente Médio, iniciada após um ataque surpresa de Israel ao Irã no último dia 13, sob a justificativa de que Teerã estaria próximo de obter armas nucleares. O Irã nega, alegando que seu programa atômico tem fins exclusivamente civis, conforme prevê o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual o país é signatário.
Reação do Iêmen e movimentações militares
Poucas horas antes do anúncio de Trump, as Forças Armadas do Iêmen, aliadas ao Irã, ameaçaram atacar embarcações comerciais e militares dos EUA no Mar Vermelho, caso o país entrasse diretamente no conflito. “Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, atacaremos seus barcos e navios de guerra”, declarou o porta-voz militar Yanya Saree.
A tensão militar também aumentou com a informação, divulgada pela agência Reuters, de que bombardeiros B-2 norte-americanos — capazes de atingir estruturas subterrâneas fortificadas — foram deslocados para a base de Guam, no Oceano Pacífico.
Disputa nuclear e acusações mútuas
Embora Teerã insista que não busca armamento nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia alertado para o descumprimento de obrigações técnicas por parte do Irã. Ainda assim, em março deste ano, o setor de Inteligência dos EUA afirmou que não havia evidências de que o país estivesse construindo uma bomba atômica — informação agora questionada pelo próprio Trump.
Israel, que oficialmente nunca confirmou nem negou possuir arsenal nuclear, é amplamente apontado por analistas como detentor de cerca de 90 ogivas desde meados do século 20. O Irã acusa a AIEA de agir com motivações políticas, sob pressão de países como Estados Unidos, França e Reino Unido, que têm apoiado as ações israelenses contra Teerã.



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