Publicada em 25/04/2025 às 16h14
A ciência aplicada da Amazônia está ganhando protagonismo nacional. Rondônia teve cinco projetos aprovados na primeira fase do edital catalisa ICT, promovido pelo Sebrae Nacional, e todos são liderados por pesquisadores vinculados à Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Os projetos aprovados têm em comum o caráter de deeptechs, ou seja, tecnologias de base científica profunda com alto potencial de impacto.
O programa Catalisa ICT é uma iniciativa estratégica do Sebrae Nacional que visa transformar pesquisas de mestrado e doutorado em negócios inovadores. Ao aproximar o ambiente acadêmico do mundo do empreendedorismo, o Sebrae promove o surgimento de startups científicas que podem se tornar referências em suas áreas. A aprovação dos cinco projetos da UNIR consolida o papel da universidade como um centro gerador de ciência aplicada, e evidencia o amadurecimento do ecossistema de inovação em Rondônia.
Entre os projetos aprovados, destacam-se: BioPhamax, da Ecotech Amazônia, focado no desenvolvimento de bioativos da floresta para uso nas indústrias farmacêutica e cosmética; Govbuilder, da Creartech, que oferece soluções digitais para modernizar a gestão pública municipal; Aquagestor, da Amazônia Fish, que utiliza sensores e inteligência artificial para otimizar a piscicultura; FitShare, da FitSharer, um sistema inteligente de personalização de treinos em academias; e AIcont, voltado à automação de processos contábeis com o uso de IA. Participam dessas iniciativas os professores Carlos André da Silva Müller (Administração), David Lopes Maciel (Engenharia Civil), Franklin Menezes da Silva (Administração) e Victorio Mariani (Engenharia Elétrica), todos de Porto Velho – RO. Também integra a lista o aluno Samir Borges da Silva, do Mestrado em PPGAGRO, no campus de Cacoal – RO, sob orientação do professor Nicolás Alessandro de Souza Belete.
Para o Sebrae, a presença expressiva de projetos aprovados em Rondônia é motivo de celebração. “Ver cinco deeptechs da UNIR aprovadas no Catalisa ICT é a prova de que a ciência da Amazônia tem potencial para transformar realidades. O Sebrae se orgulha de ser a ponte entre esse conhecimento e o mercado”, afirma Rangel Miranda, gestor de ecossistemas e startups do Sebrae Rondônia.
Mais do que um resultado técnico, a aprovação dos projetos representa um reconhecimento ao esforço de pesquisadores locais e um passo importante para a interiorização da inovação no Brasil. Também reforça o compromisso do Sebrae com o desenvolvimento de soluções inovadoras em todas as regiões do país, respeitando suas especificidades e vocações.
Com esse resultado, Rondônia entra com força no mapa nacional das deeptechs, inspirando outros pesquisadores, universidades e estados a seguirem o mesmo caminho: transformar ciência em impacto e conhecimento em oportunidades.
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