Publicada em 20/02/2024 às 10h57
Porto Velho, RO – Na última segunda-feira, dia 19 de fevereiro de 2024, durante a primeira Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cacoal, o vereador Magnison Mota, sem partido, proferiu um discurso contundente abordando diversas questões políticas e seus impactos no município.
Mota iniciou sua intervenção destacando o retorno das atividades legislativas e ressaltando a importância do momento para debater questões relevantes para a comunidade. O vereador então passou a abordar sua posição em relação ao senador da República, Jaime Bagattoli, do PL, eleito por Rondônia.
"Teve aqui na cidade de Cacoal um senador Bagattoli", declarou o vereador. Ele criticou a postura política do senador, afirmando que Bagattoli não representa os interesses do setor agropecuário, além de questionar sua filiação partidária e seu alinhamento político.
O discurso de Mota também abordou negativamente o mandato de outro congressista, Marcos Rogério, também do PL, destacando a falta de "moral" do parlamentar no cenário político atual.
No entanto, o vereador fez questão de elogiar Confúcio Moura, do MDB, que, apesar de ser de esquerda, segundo Mota, tem destinado recursos para o município de Cacoal, beneficiando a população local.
Um dos pontos mais enfatizados pelo vereador foi a preocupação com o impacto das ações políticas no emprego local. Mota criticou veementemente a suposta intenção do senador Bagattoli de "acabar com os trabalhos dos frentistas dos postos", ressaltando a importância da manutenção desses empregos para a economia da cidade.
O pronunciamento completo de Magnison Mota refletiu suas preocupações com o desenvolvimento de Cacoal e o bem-estar da população local. A Câmara Municipal continuará acompanhando de perto as discussões e iniciativas dos parlamentares em prol do município.
ASSISTA AO PRONUNCIAMENTO:
CONFIRA A TRANSCRIÇÃO DE TRECHO DO DISCURSO:
“Meus amigos, bom dia a todos. Estamos aí, começando o retorno. O retorno das atividades com as sessões e os processos legislativos da Câmara. E nós já entramos falando algumas questões. Teve aqui na cidade de Cacoal um senador Bagattoli. Prefeito convidou pessoalmente cada vereador aqui para estar lá pressentes ouvindo as coisas daquele camarada lá. E eu falei que eu não ia. ‘Ah, mas lá tem que ir para arrumar uma emenda’, cara, um cara daquele para mim não serve. Foi eleito pelo agro e não representa o agro. Politicamente, não serve para ser político.
Politicamente, é um mandato só. Está ali porque foi na onda do Bolsonaro. Senão não estaria ali. Um camarada que se chega, professor David, meu secretário, no Gabinete dele, fala a situação do município de Cacoal, das necessidades, e que o prefeito precisa de companheiros e parceiros políticos e o cara olhar na sua cara e falar, ‘não, não tem interesse em investir em Cacoal’.
‘A minha cidade é Vilhena’ e me surpreendeu mais ainda ‘Ariquemes’. Aí eu falei para ele, eu quero que o senhor volte lá, quando estiver pedindo voto, e o senhor vai ver o que o senhor vai levar. Então, o cara desse tem que ter respeito pela população de Cacoal, tem que ter vergonha na cara dele! Eu não fui lá porque eu ia, eu ia acabar com ele na fala, na frente de todo mundo, mediante ao prefeito a gente precisa ter um pouco de ética e respeito ao prefeito, porque o prefeito, querendo ou não, corre atrás dos parlamentares para buscar os recursos. Mas para mim, um camarada desse não serve, não é do agro. E agora querendo acabar com os trabalhos dos frentistas dos postos. Cara, eu fico imaginando o que que um camarada desse tem na cabeça.
Só quer puxar o lado dele. E de interesse do mesmo. Eu te pergunto, por que que não está lá brigando com a esquerda, que só está querendo fazer a merda no nosso país? Por que que não vai lá? E se estiver esquerda aqui não se escandalize não. à esquerda? Aqui não se escandaliza, não. Por que que não vai lá, pega, coloca a bandeira?
Só na época de campanha, que fala que é de direita, mas na hora que o pau está pegando, o fogo está pegando, cadê o representante da sigla partidária PL, que defendeu Bolsonaro? Cadê o camarada que tem uma autoridade maiores de todos como senador, que vai para a rede social falar as coisas para defender a direita? Quem é vereador, os vereadores aqui sabem, quem é vereador que vai para Brasília, o cara não tem acesso em nada lá dentro.
Não conseguem desenrolar nada. Com todo o respeito, hoje, eu não voto, não apoio, mas o cara que está trazendo as emendas hoje para nós é uma esquerda, dentro de Cacoal, que é o Confúcio. Que é esquerda. Nós que somos de direita não estamos vendo. Marco Rogério não tem moral hoje no cenário político da Câmara Federal. Hoje precisa o próprio prefeito sair de Cacoal, se deslocar para Brasília, para, podemos falar, se humilhar.
O camarada vem aqui e me tira quase 16 mil votos pregando: sou do agro, sou defensor, agro família, agroindústria, agro aquilo, agro isso. Hoje, agro é nada, agro nada, indústria nada, nada, nada. Cidadão desse tinha que ter vergonha de falar que não investe em Cacoal porque não é de interesse dele. Mas tirou 15 mil e poucos votos aqui.
Está aí ó a direita, e nós estamos revoltado com o camarada. Que carregou a bandeira, foi para cima. Falando as coisas. E hoje... Então, peço até desculpa ao secretário, que eu não apareci naquela reunião, porque se eu fosse lá eu ia falar o que que eu estou falando e pior ainda. Na cara dele, para não trazer as coisas ruins diante do prefeito, algumas falas. Peço desculpa ao prefeito, mas não me chame para uma reunião com quem não tem compromisso com Cacoal, não. Se chamar eu não vou, não, não tem tempo perder com os “pião” desse não. Quinhentos mil eu caço esse ano com algum deputado estadual.
Entendeu? Quinhentos mil reais o prefeito faz uma contrapartida, coloca lá para finalizar o “trem”. Quinhentos mil reais não pagam nem a cesta básica que a SEMAST precisa, para ajudar. Então, gente, deixa eu falar um “trem” para vocês. Marca o nome do cidadão, Bagattoli, e pode mandar minha fala para ele, que para mim ele não serve para nada! [...]”