Publicada em 01/12/2023 às 11h53
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou, nesta sexta-feira (1º/12), que o governo federal disponibilize recursos para a Prefeitura de Maceió. O município alagoano enfrenta afundamento no solo, provocado por uma das minas de sal-gema da petroquímica Braskem.
Em publicação nas redes sociais, Lira defendeu que a disponibilização de recursos seja feita por medida provisória (MP), que tem efeito imediato. “A grave crise ambiental, humana e estrutural em Maceió precisa de um amparo urgente do governo federal”, escreveu o deputado.
“Solicitei aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de medida provisória que garantam à prefeitura de Maceió condições de atendimento aos moradores atingidos e de empreender ações para combater o problema gerado pela exploração de sal-gema”, concluiu Lira.
Colapso em Maceió
Nas últimas 48 horas foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia, segundo a TV Gazeta. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.
Esse afundamento do solo é provocado por causa de uma das minas de sal-gema da indústria petroquímica Braskem, que criou espécies de “ocos” no subterrâneo, que foram preenchidos com um líquido, que vazou. Esses túneis foram construídos desde 1994.
Por conta do risco imediato de colapso, houve a proibição da navegação na Lagoa Mundaú, mas não há risco de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros. Mas ele alerta sobre o afundamento: “É só questão de tempo”.
A Defesa Civil de Alagoas calcula que o tamanho da cratera após o desabamento será de até 300 metros de diâmetro. No momento do colapso, é previsto tremores de terra na região, mas isso não deve provocar estragos nas construções ao redor, segundo as autoridades. Milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas.