Porto Velho, RO – Um verdadeiro contrassenso.
O governador de Rondônia Coronel Marcos Rocha, sem partido, determinou sigilo no processo de aluguel de sua residência temporária menos de uma semana após publicar no Facebook que colocou todos os documentos do Estado como públicos.
Contrato foi assinado em novembro do ano pasado / Reprodução
A restrição foi imposta através de ato praticado pela Superintendência de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos (SUGESP), órgão operado pelo coronel Carlos Lopes Silva.
Quase um ano após fecharmento do contrato, SUGESP impõe sigilo aos dados / Reprodução
A despeito de prometer uma nova política, Rocha alugou uma residência temporária para morar com esposa e filhos em condomínio de luxo na Capital pelo valor de R$ 72 mil, monta registrada para um ano, ou seja, 12 meses contratados.
Rondônia Dinâmica teve acesso a um dos recibos assinados pela Realize / Reprodução
Por mês, são R$ 6 mil dos cofres públicos destinados ao custeio da despesa, lembrando que tanto o chefe do Executivo quanto primeira-dama, esta titular da Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (SEAS/RO) recebem R$ 50,6 mil em salários somados por mês na condição de casal.
O valor anual bater a casa dos R$ 607,7 mil.
A projeção foi feita de acordo com os contracheques de Marcos Rocha e Luana Santos, ambos referentes ao mês de julho de 2020.
Mesmo considerando os valores líquidos, após todos os descontos, o casal ainda mantém uma renda de mais de R$ 34 mil em salários somados, o que representaria mais de R$ 412,6 mil anuais para o núcleo familiar dos Rocha.
Se tirassem do próprio bolso, considerando o valor total do contrato entabulado entre a imobiliária e o Estado de Rondônia, o casal Rocha teria impacto mínimo em suas finanças.
Isto porque os R$ 72 mil representariam apenas, considerando o valor anual e líquido dos salários somados, 17,45% em déficit orçamentário; a taxa cai para 11,8% levando em conta o montante bruto.
No decreto que classificou com o grau de sigilo reservado pelo prazo de cinco anos os documentos que contenham o “endereço e fotografias” da Residência Oficial Temporária do Governador do Estado de Rondônia não existe explicação para o ato oficial da SUGESP.
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