SINTERO: Trabalhadoras e trabalhadores da educação paralisam atividades em defesa da escola pública

Trabalhadoras e trabalhadores da educação no Estado de Rondônia aderiram à paralisação nacional da Semana em Defesa e Promoção da Educação Pública, com o objetivo de denunciar os ataques à educação pública, como a privatização, a militarização do ensino, o projeto Escola Sem Partido e a desvalorização das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação. 

As mobilizações ocorreram em todo o estado, com atividades realizadas nas 11 regionais, envolvendo a categoria dos municípios. Houve paralisações com concentração nas sedes, análises de conjuntura, entrevistas nas rádios e TV,  e outras ações que fortaleceram a luta pela valorização da educação pública.

Em Porto Velho, as mobilizações tiveram início com um momento de formação conduzido por Marta Vanelli, secretária de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que abordou os desafios enfrentados pela categoria em nível nacional, respondeu dúvidas e promoveu o debate e uma importante partilha de experiências com as/os presentes.

À tarde, a deputada estadual Cláudia de Jesus, que também é membra da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), promoveu, em parceria com o SINTERO, a audiência pública intitulada “ Escola Pública não é negócio. É direito! ” com ampla participação da categoria, da ALE/RO, do Ministério Público de Rondônia (MPRO) e da Defensoria Pública.

Durante a audiência, trabalhadoras e trabalhadores da educação ocuparam o plenário, trouxeram relatos da realidade vivida nas escolas e destacaram o excesso de carga de trabalho, o adoecimento por falta de condições adequadas e a ausência de políticas efetivas de valorização profissional.

Como parte das ações da semana, o SINTERO também lançou uma proposta de envolvimento direto das/dos estudantes, com a realização de um concurso de raps e paródias com o tema “Educação Pública não é negócio. É direito.” A atividade tem como objetivo incentivar a reflexão crítica e a criatividade dos jovens sobre a importância da escola pública. As produções serão apresentadas no dia 5 de maio, em um momento especial de valorização do protagonismo estudantil.

“A paralisação do dia 23 foi essencial para dar visibilidade a pautas que, há anos, são reivindicadas, mas continuam sendo ignoradas. Estivemos na Assembleia Legislativa para denunciar os ataques à educação pública e a desvalorização das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação”, afirmou a presidenta do SINTERO, Dioneida Castoldi.

As mobilizações em Rondônia reforçam o posicionamento do SINTERO em defesa de políticas públicas que garantam direitos, valorização e condições dignas para toda a comunidade escolar. Escola Pública não é negócio. É direito!

Imagem: Jacson Pessoa