Publicada em 11/12/2025 às 10h51
Wagner Moura reforçou sua projeção internacional ao aparecer em duas seleções de destaques do ano feitas por veículos de referência no cinema. Tanto o The New York Times quanto o The Hollywood Reporter apontaram o trabalho do ator em O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, como um dos mais importantes de 2025.
No NYT, Moura figura entre os dez melhores atores da temporada, ao lado de nomes como Timothée Chalamet, Emma Stone, Stellan Skarsgård, Liam Neeson e Jessie Buckley. À publicação, ele comentou que, com o passar do tempo, busca levar mais de si mesmo para os papéis, ressaltando sua compreensão da arte como expressão política.
O jornal americano voltou a citá-lo em um segundo texto, publicado nesta quarta (10), listando as performances cinematográficas “mais marcantes e excêntricas” do ano. Moura é descrito como dono da “melhor atuação em três movimentos”, destacada pelo ritmo “quase surrealista” do filme e pela capacidade do ator de captar nuances humanas enquanto apenas observa e processa informações. Para o crítico, trata-se de uma interpretação “próxima de uma arte em time-lapse”.
A publicação também elogiou Tânia Maria, intérprete de Dona Sebastiana, que recebeu o título simbólico de “melhor atuação de cigarro”. O crítico Wesley Morris destacou a força expressiva da personagem, construída a partir de um único gesto inicial.
Já o The Hollywood Reporter incluiu Moura entre as 25 melhores atuações do ano. O veículo avalia que o ator retorna “de forma triunfal ao cinema de língua portuguesa” em um papel escrito especialmente para ele. A análise descreve sua interpretação como “comovente e melancólica”, evocando a masculinidade discreta de artistas como Kris Kristofferson, Paul Newman e Jeff Bridges.
Segundo o THR, o protagonista Marcelo/Armando se destaca justamente por não ser o típico herói de thrillers políticos, mas um homem comum arrastado por uma trama que se expande pelos limites do Brasil.



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