Publicada em 06/11/2025 às 16h34
PORTO VELHO (RO) - O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) manifestou-se de forma exaltada nesta quinta-feira, 6, durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em que o colegiado ouviu o ex-ministro do Trabalho e da Previdência Onyx Lorenzoni. Em discurso dirigido também à imprensa, o parlamentar criticou a cobertura de alguns veículos e defendeu a atuação da comissão, que apura irregularidades como descontos associativos e o aumento de fraudes em empréstimos consignados. A ofensiva repercutiu em veículos de imprensa nacional como Metrópoles e Congresso em Foco.
"Eu ainda não vi o Estadão aqui fazendo um levantamento do que nós estamos fazendo. Eu ainda não vi o Estadão fazendo uma cobertura da CPI do roubo dos aposentados. Cadê ele?", disse Chrisóstomo durante a sessão, que teve como objetivo reconstruir a linha de responsabilidades sobre irregularidades em benefícios previdenciários desde 2015. Em seguida, o deputado afirmou: "Tem aquela empresa global que também não aparece aqui, mas fica lá fora criticando o nosso trabalho. Presidente, esta CPMI não refresca nádega de pato! Quem refresca nádega de pato é lagoa. A CPMI não refresca", segundo registro da sessão.
Além das declarações proferidas no plenário da CPMI, o parlamentar repercutiu o teor de sua fala em uma publicação em seu perfil no Instagram. Na postagem, ele afirmou que "a imprensa, entre ela o Estadão, durante a CPMI do Roubo dos aposentados, tenta desvalorizar o nosso trabalho, mas não tem a capacidade de fazer um levantamento do quão avançamos na busca dos culpados na fraude do INSS". No mesmo texto divulgado na rede social, Chrisóstomo reiterou a expressão usada na comissão — "aqui não vamos refrescar nádegas de pato. Quem refresca nádega de pato é lagoa" — e acrescentou: "Nós vamos para cima dos culpados! Quem não ajuda, não atrapalha! Os próximos a serem convocados serão os bancos, em especial o banco Master!!!"
A oitiva de Onyx Lorenzoni integra a estratégia do colegiado de ouvir ex-ministros da Previdência e ex-diretores do INSS desde 2015, com o objetivo de identificar responsabilidades e traçar a evolução das práticas que teriam favorecido fraudes e descontos indevidos em benefícios. No plenário, além das críticas à imprensa feitas por Chrisóstomo, foram registradas perguntas e manifestações de outros parlamentares sobre a amplitude das investigações e sobre possíveis convocações futuras, que poderão incluir representantes do sistema financeiro, conforme mencionado na rede social do deputado.



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