Publicada em 20/11/2023 às 16h27
Uma clínica e cinco carros da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram atacados na Faixa de Gaza na manhã desta segunda-feira (20/11), durante um conflito entre as Forças de Israel e o grupo Hamas, de acordo com informações da organização. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos profissionais e de seus familiares.
Ao todo, seriam 20 familiares e uma equipe de Saúde na clínica do MSF. Os relatos do MSF são de que existem, ainda, mais de 50 pessoas em edifícios próximos. “Mais uma vez, Médicos Sem Fronteiras apela urgentemente pelo fim dos combates na região”, pede a instituição.
Por meio de nota à imprensa, a organização também afirma que quatro carros da instituição pegaram fogo, e que um quinto deles teria sido partido ao meio. “Como se tivesse sido esmagado por um veículo pesado ou um tanque”, diz a instituição. Todos os veículos do MSF são devidamente identificados.
Desde o início do conflito, só da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa), foram 88 profissionais mortos.
Contexto
A superlotação de hospitais, falhas no sistema de distribuição de água potável, saneamento interrompido, e ausência de internet: são inúmeros os problemas que afetam a vida na Faixa de Gaza, desde antes da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Agora, a situação piorou a tal ponto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou um novo risco: a rápida propagação de doenças infecciosas.
O número de mortos na Faixa de Gaza está em 13 mil, e são 31 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH), que é controlado pelo Hamas, desta segunda-feira (20/11). Dos óbitos, 2/3 são de mulheres e crianças. Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 14.400 vidas perdidas no Oriente Médio nesta guerra, que se estende há pouco mais de um mês.