Publicada em 06/10/2025 às 15h16
Negociadores dos EUA, de Israel e do Hamas convergem para o balneário egípcio de Sharm el-Sheikh nesta segunda-feira (6) em busca de um acordo que ponha fim à guerra em Gaza.
O ponto de partida no plano de 20 pontos costurado pelo governo Trump é a devolução imediata de 48 reféns — acredita-se que 20 estejam vivos —, a libertação de mil prisioneiros palestinos e a desmilitarização do Hamas.
Estamos, sem dúvidas, diante da proposta mais realista de um cessar-fogo definitivo desde que a guerra começou, há dois anos, deflagrada pelo massacre de 1.200 pessoas em território israelense. O presidente americano moldou a paz no Oriente Médio com a chancela de países árabes com quem mantém negócios comerciais.
Embora Israel e o Hamas tenham sinalizado interesse em um acordo, é preciso arrefecer as notas exageradas de otimismo.
O grupo terrorista está dividido e tem lideranças dispersas entre Doha, no Catar, e Gaza. Aceitou libertar os reféns, mas em troca deverá impor obstáculos às exigências de desarmamento de seus combatentes e demandar um cronograma para a retirada das tropas israelenses de Gaza.
Pontos divergentes
O recuo das tropas do território palestino será um dos pontos divergentes durante as negociações. Netanyahu não se comprometeu com uma retirada militar completa do território palestino.
O Hamas deve exigir também a inclusão de seus líderes condenados, como Marwan Barghouti, já descartada em negociações anteriores. Atualmente, 303 palestinos cumprem prisão perpétua em Israel.



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