Publicada em 06/10/2025 às 10h31
Israel e Hamas retomaram nesta segunda-feira (6) no Cairo, capital do Egito, negociações indiretas para o fim da guerra na Faixa de Gaza, na véspera do conflito completar dois anos.
Desta vez, as tratativas serão sobre um plano elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que delineia termos para a paz entre Israel e o grupo terrorista palestino, a libertação dos reféns israelenses e o futuro de Gaza e do Hamas no pós-guerra. Especialistas apontam, no entanto, que o plano de Trump possui imperfeições.
Representantes do Hamas, do Catar e do Egito —esses dois últimos são, junto com os EUA, mediadores das conversas por paz— fizeram reuniões nesta segunda-feira por volta das 7h no horário de Brasília. Outra rodada de negociações iniciou por volta das 10h, também no fuso brasileiro.
A delegação israelense chegou na manhã desta segunda (no horário de Brasília) ao balneário de Sharm El Sheikh, palco das negociações, afirmaram fontes israelenses à agência de notícias Reuters. A delegação do Hamas, que inclui membros que foram alvo do bombardeio no Catar em setembro, chegou ainda no domingo.
A proposta americana foi aceita de forma integral por Israel. Até o momento, o Hamas aceitou apenas três dos 20 pontos da proposta de Trump: libertar de uma vez todos os reféns israelenses, entregar o poder em Gaza a tecnocratas e a retirada gradual das tropas israelenses.
Trump pediu pressa nas negociações e ameaçou "obliterar" o grupo terrorista palestino caso haja o acordo seja inviabilizado. O presidente americano disse que sua proposta "é um ótimo negócio para Israel, os países árabes e o mundo como um todo" e acreditar que os reféns serão libertados "muito em breve".
No domingo, tanto Trump quanto o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disseram que reuniões sobre o assunto já estavam acontecendo, porém não deram mais detalhes. Rubio afirmou que espera finalizar rapidamente a logística para a soltura dos reféns. "90% do acordo está concluído, e estamos finalizando a parte logística", disse.



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