
Publicada em 06/06/2025 às 15h46
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (6) que o encontro entre os Estados Unidos e a China para tratar sobre um novo acordo comercial deve acontecer na segunda-feira da próxima semana, em Londres.
Segundo Trump, participarão do encontro o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer.
"A reunião deverá ocorrer com grande sucesso. Agradecemos a atenção dispensada!", afirmou o republicano em publicação no Truth Social.
EUA e China marcam encontro para tratar sobre acordo comercial. — Foto: Reprodução/Truth Social
A afirmação vem apenas um dia depois de Trump ter conversado com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço.
Na véspera, o republicano afirmou que os dois líderes conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação recentemente firmado entre os dois países em Genebra, na Suíça, reiterando que a conversa "resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países".
Ainda na quinta-feira (5), Trump chegou a afirmar que as conversas entre os dois países continuam em andamento e estão em "boa forma".
Já Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV.
Xi também teria afirmado que ambos os países devem se empenhar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”.
'Entre tapas e beijos'
O presidente norte-americano tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que afetou diversos países, principalmente a China.
Em uma tentativa de encontrar um meio-termo nas negociações, os dois países chegaram a firmar um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por 90 dias. O tratado foi firmado após um encontro entre as delegações dos dois países, em Genebra, na Suíça.
Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações.
Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar o acordo sobre tarifas. Em resposta, o Ministério do Comércio da China classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger seus interesses.
Já na segunda-feira desta semana (2), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump iria falar com Xi para resolver os impasses entre as negociações.
Na quarta-feira, Trump chegou a publicar em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas indicou que era "muito duro" negociar com o presidente chinês.
"Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época.
