
Publicada em 10/06/2025 às 10h08
O aumento da tensão na guerra entre Rússia e Ucrânia fica cada dia mais evidente, principalmente após o ataque com drones feito em território russo há cerca de uma semana, no domingo (1º).
Nesta segunda-feira (9), um assessor do presidente da Vladimir Putin ameaçou uma "guerra nuclear" caso Ucrânia e Otan (Aliança Militar do Atlântico Norte) tentem reaver territórios ocupados pelas tropas russas no país, segundo a agência estatal russa Tass.
Vladimir Medinski, assessor de Putin que também lidera a delegação russa nas negociações diretas com a Ucrânia pelo fim do conflito, disse que seria "o fim do mundo" caso não haja a assinatura de uma "paz verdadeira" para encerrar a guerra. Ameaças de uso de armas nucleares não são novidade no conflito entre os dois países, que já dura três anos.
A Rússia, que herdou as armas nucleares da União Soviética, possui o maior número de ogivas nucleares do mundo, segundo a Federação dos Cientistas dos EUA, um think tank (instituto de análises políticas) americano (FAS, em inglês). Ogiva é uma arma nuclear “guardada” em uma cápsula para ser colocada na parte cilíndrica de um foguete, míssil ou projétil.
Essa quantidade de ogivas significa, na prática, que a Rússia poderia destruir o mundo "várias vezes", segundo a agência Reuters.
Nesta reportagem você vai ler alguns fatos sobre o arsenal nuclear da Rússia e o contexto no qual o país comandado por Vladimir Putin se encontra:
Superpotência nuclear
Em quais situações a Rússia usaria armas nucleares?
Quem dá a ordem para o lançamento de uma arma nuclear na Rússia?
A Rússia realizará testes nucleares?
Novas armas nucleares
Contexto da Rússia: Guerra, tensões com o Ocidente e eleições
Superpotência nuclear
Durante a Guerra Fria, a União Soviética chegou a ter 40 mil ogivas simultaneamente, enquanto os EUA possuíam cerca de 30 mil.
Putin controla 5.580 ogivas, segundo a Federação dos Cientistas dos EUA.
Destas, 4.380 estão armazenadas para uso em lançadores estratégicos de curta e de longa distância e outras 1.200 estão “aposentadas” – fora do arsenal oficial, mas provavelmente intactas, guardadas em bunkers –, de acordo com a FAS.
Das que estão armazenadas, 1.710 estão posicionadas: são cerca de 870 em mísseis balísticos para lançamento em terra, cerca de 640 para lançamento de submarinos e possivelmente 200 em bases aéreas, diz a Federação dos Cientistas.
