No local onde os briefings sobre a situação sanitária, no Reino Unido, costumam acontecer desde o início da pandemia, o primeiro-ministro britânico falou aos jornalistas, no dia em que o país aprovou a vacina para a Covid-19.
Boris Johnson iniciou a conferência de imprensa a referir que já "passou quase um ano desde que a humanidade foi abalada pela Covid-19". "Desde esse dia que estamos à espera e com esperança que a ciência nos ajude a derrotar esse inimigo que nos faz doentes", continuou.
"Agora, os cientistas conseguiram", garantiu.O chefe de governo disse ainda que os cientistas conseguiram fazer um "jiu-jitsubiológico" para criar a vacina contra o novocoronavírussegura para distribuir.
A primeira fase de distribuição vai incluir os residentes em lares, profissionais de saúde, idosos e os que estejam clinicamente vulneráveis. Mas Boris Johnson admite que há desafios a superar relativamente ao armazenamento e transporte das vacinas e que, por isso, vai demorar "alguns meses" até que toda a população possa receber.
"Apesar de estarmos a celebrar esta conquista científica, não podemos deixar-nos levar por otimismoexagerado ou cair na noção ingénua de que a luta acabou. Não acabou. Temos de nos manter fiéis ao plano para conter o vírus", recordou.
"Enquanto fazemos isto não estamos a descansar na mera esperança de poder regressar ao normal para o ano, mas sim a ter a certeza e a garantia de que vamos ser bem sucedidos e de que em conjunto podemos reclamar as nossas vidas", apontou.
Por fim, agradeceu aos cientistas e aos voluntários dos testes à vacina.
Recorde-se que oReino Unidofoi o primeiro país no mundo a aprovar o uso generalizado da vacina desenvolvida em conjunto pela Pfizer e pelaBioNTechcontra aCovid-19. A reguladorabritânica, a Medicines andHealthcareproducts Regulatory Agency (MHRA), anunciou que as inoculações poderão começar nos próximos dias para pessoas que façam parte de grupos prioritários.
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