Publicada em 16/08/2025 às 10h10
Após o encontro entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump, a União Europeia disse neste sábado (16) que aumentará sanções a Moscou para pressionar pelo fim da guerra.
Em um comunicado conjunto, os países que integram o bloco europeu também pediram que a próxima reunião sobre o fim da guerra ocorra apenas com a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e dos líderes da UE.
"Continuaremos a reforçar as sanções e medidas econômicas para pressionar a Rússia até que a paz seja alcançada. As fronteiras internacionais não devem ser alteradas à força", diz o comunicado.
Já Donald Trump classificou neste sábado de "ótimo" e "bem-sucedido" o encontro que manteve na sexta-feira (15) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
E diminuiu a importância de um acordo de cessar-fogo, que não foi alcançado na reunião — antes da cúpula, ele disse que sairia desapontado caso não houvesse acordo.
"A reunião com o Presidente Vladimir Putin, da Rússia, correu muito bem, assim como um telefonema noturno com o presidente Zelenskyy, da Ucrânia, e vários líderes europeus, incluindo o respeitado Secretário-Geral da OTAN. Todos decidiram que a melhor maneira de pôr fim à terrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia é chegar diretamente a um Acordo de Paz, que poria fim à guerra, e não a um mero Acordo de Cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta", disse Trump em publicação na sua rede social Truth Social nesta manhã.
Na postagem, ele também confirmou reunião bilateral com Zelensky na segunda-feira (18) na Casa Branca. O anúncio foi feito por Zelensky na madrugada deste sábado (16).
A reunião, segundo os dois lados, vai tratar dos próximos passos na tentativa de colocar um fim na guerra da Ucrânia, depois de o encontro entre norte-americano e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terminar sem acordo de cessar-fogo.
Não havia informações, até a última atualização desta reportagem, se líderes europeus ou ainda o próprio Putin participaria do encontro na segunda-feira. Em nota publicada no X, o presidente ucraniano cogita uma reunião entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.
"Apoiamos a proposta do presidente Trump para uma reunião trilateral entre Ucrânia, EUA e Rússia. A Ucrânia enfatiza que questões-chave podem ser discutidas diretamente entre os líderes, e o formato trilateral é adequado para isso", disse Zelensky. "Na segunda-feira, me encontrarei com o presidente Trump em Washington, D.C., para discutir todos os detalhes sobre o fim dos assassinatos e da guerra. Sou grato pelo convite".
Na sexta-feira (15), após reunir-se com Putin, Trump ligou para Zelensky e líderes da Otan.
O telefonema durou uma hora e contou com a presença de outros sete líderes europeus, incluindo o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, o presidente da Polônia, Karol Nawrocki, e o presidente da França, Emmanuel Macron.
"Muitos pontos foram acordados. Restam apenas alguns poucos - alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo. Ainda não chegamos lá, mas fizemos algum progresso. Há boas chances de chegar lá. Putin quer parar de ver pessoas serem mortas", disse Trump, sem entrar em detalhes.



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