Porto Velho, RO – O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, sem partido, se manifestou sobre a Operação Polígrafo deflagrada em conjunto pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público do Estado (MP/RO).
No seio da investigação, supostas fraudes cometidas no contrato travado com a BuyerBR, que, por sua vez, vendeu cem mil testes rápidos para detecção do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) à gestão Rocha por R$ 10,5 milhões.
O Rondônia Dinâmica, inclusive, elaborou diversas reportagens acerca da questão reforçando em ocasiões distintas a ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que fora obtido posteriormente – numa espécie de pagar antes para ver depois –, após intervenção da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) no imbróglio protocolar.
Outro ponto abordado por este jornal foi a mentira encartada pela BuyerBR nos autos administrativos do contrato emergencial onde o empreendimento apontou ter feito negócios com o Governo de Goiás. O Rondônia Dinâmica entrou em contato com a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), o laboratório público daquele estado, e descobriu, oficialmente, que a empresa representada por Maíres de Carli regionalmente falando havia inventado a parceria.
O contato rendeu uma nota de esclarecimento da BuyerBR desmentindo a atitude; e a reportagem exclusiva foi para nos autos da ação promovida pela Força-Tarefa COVID-19 instituída pelo MP/RO, onde o Judiciário decidirá sobre a questão.
16/05/2020
Empresa que fez negócio milionário com Rondônia nos testes de Coronavírus mentiu em suas credenciais
Outro editorial apresentado por este site abordou a ânsia do procurador do Estado Maxwel Mota de Andrade para liberar, atuando em nome da gestão Marcos Rocha, os pagamentos remanescentes devidos à BuyerBR, e isto com a demanda já promovida na esteira do Poder Judiciário, ou seja, sem qualquer decisão definitiva sobre o caso levando em conta o mérito das acusações e das defesas.
Ainda ontem, a Superintendência Estadual de Comunicação (Secom/RO) limitou-se a publicar o seguinte:
“O Governo do Estado de Rondônia está colaborando com a "Operação Polígrafo" deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje (30) e vai aguardar a conclusão das investigações para se manifestar”.
O chefe do Executivo não aguardou a conclusão das investigações conforme preconizava a Nota Oficial do órgão, e, apesar de mencionar em trecho de sua manifestação que suas ações falam por si, e, por conta disso, não precisaria dizer nada, publicou um texto com mais de 4 mil caracteres falando sobre a incursão conjunta entre PF, CGU e MP/RO.
No trecho mais significativo, sacramentou:
“[...] Porém, destaco: se alguém indicado por mim ou algum secretário foi beneficiado de forma ilícita, durante meu governo, deve ser responsabilizado e punido exemplarmente. INDEPENDENTE de quem seja. É vergonhoso alguém se aproveitar do sofrimento alheio para ter vantagem pessoal”.
VEJA O POSICIONAMENTO DE MARCOS ROCHA NA ÍNTEGRA:
imprimir
