Publicada em 09/12/2025 às 15h49
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira estar pronto para as eleições. Ele pediu aos Estados Unidos e aos parceiros europeus que ajudem a garantir a segurança do pleito durante a guerra.
Ele disse a jornalistas que, se a segurança for garantida, as eleições poderão ser realizadas nos próximos 60 a 90 dias, acrescentando que pedirá ao Parlamento que elabore a legislação necessária para viabilizar as eleições durante a lei marcial.
O país vive sob regime de exceção desde o início da guerra contra a Rússia, em fevereiro de 2022. A última eleição, marcada para março de 2024, foi cancelada meses antes. O mandato para o qual Zelensky assumiu previa que ele entregasse o cargo para um sucessor em 21 de maio daquele ano.
Impeditivos
Além da Lei Marcial, o presidente e especialistas argumentam que seria impossível realizar eleições plenas na Ucrânia devido às condições do país, invadido pelos russos, e de sua população — muitos tiveram que fugir de suas casas e até do país. Além disso, os soldados não estariam em condições de votar.
O texto da Constituição não é totalmente claro sobre esse ponto. Em um dos artigos, por exemplo, se diz que o mandato é de 5 anos. Mas, de acordo com a revista "The Economist", os especialistas constitucionalistas no país afirmam que a lei marcial prevê uma exceção, que está no artigo 108 da Carta, que afirma que o presidente exerce o poder até que o sucessor seja empossado — só que eleições são proibidas durante o período de Lei Marcial.
Especialistas jurídicos ucranianos consultados pela agência de notícias Deutsche Welle disseram esperar que Zelensky permaneça no poder até que um novo presidente seja eleito.
“Para os ucranianos, a prioridade é vencer a guerra e depois realizar uma eleição. Portanto, eles não questionam a legitimidade de Zelensky”, diz Anton Hrushetskyi, diretor do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev.



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