Publicada em 24/12/2025 às 10h39
Em uma carta escrita na prisão, o bilionário Jeffrey Epstein escreveu a um outro agressor sexual preso que o presidente dos EUA, Donald Trump, "também compartilha nosso amor por garotas jovens e núbeis".
As informações são do jornal "The Wall Street Journal", publicadas nesta terça-feira (23). Segundo o veículo, uma cópia da carta escrita a mão e destinada a Larry Nassar estava em um lote de documentos relacionados a Epstein divulgado na segunda (22). O documento, porém, foi retirado poucas horas depois de ir ao ar.
O termo "núbil" costuma se referir a adolescentes cuja lei de uma sociedade considera estarem aptas a se casar. Ele pode também ser usado, de forma menos usual, como sinônimo de "atraente".
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou nesta terça-feira (23) que há "acusações falsas e sensacionalistas" contra o presidente Donald Trump na nova remessa de documentos de arquivos do caso Epstein divulgada no início do dia.
Imagem do site do 'Wall Street Journal' mostra carta de Epstein a outro agressor sexual que cita Trump — Foto: Reprodução/WSJ
O órgão do governo Trump, no entanto, não especificou quais acusações falsas seriam essas e quais menções ao presidente dos EUA nos documentos seriam verdadeiras.
Segundo o Departamento de Justiça, alguns dos documentos foram retirados para que trechos identificando vítimas sejam censurados para evitar a exposição delas.
"Alguns desses documentos contêm afirmações falsas e sensacionalistas feitas contra o presidente Trump que foram enviadas ao FBI pouco antes das eleições de 2020. Para deixar claro: essas alegações são infundadas e falsas e, se tivessem qualquer credibilidade, certamente já teriam sido usadas contra o presidente Trump", afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.
A carta divulgada pelo "WSJ" teria sido escrita em 2019, no mesmo ano em que Epstein foi encontrado morto dentro da cela em que estava em uma prisão de Nova York. O caso foi considerado suicídio.
Nassar foi médico da equipe feminina de ginástica artística até ser detido, em 2016, acusado de abusar ao menos 265 atletas ao longo de 22 anos de carreira. Ele confessou crimes em juízo e foi condenado a 140 anos de prisão, que ele cumpre em uma penitenciária na Pensilvânia.
Bilionário condenado
O bilionário Jeffrey Epstein, que mantinha proximidade com políticos e famosos, foi condenado por abusar de menores e operar uma rede de exploração sexual. Segundo o Departamento de Justiça americano, que responde à Casa Branca, mais de 30 mil novos documentos sobre as investigações contra o Epstein foram divulgadas nesta terça.
Os novos arquivos contêm mais fotos, áudios, registros judiciais, documentos do FBI e centenas de vídeos, incluindo imagens de vigilância de agosto de 2019, quando o criminoso sexual Jeffrey Epstein foi encontrado morto em sua cela.
Os documentos desta terça foram divulgados dias após a primeira remessa, na sexta-feira (19), ter mostrado fotos de celebridades, menções ao Brasil e muitas páginas censuradas. (Veja mais abaixo)



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