Publicada em 22/12/2025 às 10h36
A China afirmou, nesta segunda-feira (22), que a "apreensão arbitrária" de navios de outros países pelos Estados Unidos constitui uma grave violação do direito internacional. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, o país se opõe a todas as 'sanções unilaterais e ilegais' dos EUA.
Durante uma coletiva de imprensa diária, o porta-voz afirmou, também, que a Venezuela tem o direito de desenvolver relações com outros países. A China é um aliado da Venezuela e na semana passada saiu em defesa do regime Maduro ao criticar o que chamou de "assédio unilateral" do governo Trump.
Neste domingo (21), os Estados Unidos interceptaram um terceiro navio petroleiro próximo à costa da Venezuela, informaram as agências de notícias Bloomberg e Reuters.
A Bloomberg afirmou que o nome do barco é o petroleiro Bella 1 e que forças americanas já teriam embarcado no navio, já a Reuters disse que a embarcação está sendo perseguida e foi interceptada, mas que a abordagem ainda não haveria ocorrido.
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A data e o local exatos da interceptação não foram informados até a última atualização a desta reportagem.
Se confirmada, esta será a segunda apreensão de navios petroleiros perto da Venezuela apenas neste final de semana e a terceira em pouco mais de dez dias. A ação compõe uma estratégia de pressão do governo Trump contra o regime venezuelano de Nicolás Maduro. (Leia mais abaixo)
Segundo a Bloomberg, trata-se de um petroleiro que usava bandeira panamenha e estava a caminho da Venezuela para ser carregado. Um oficial do governo dos EUA afirmou à Reuters que o petroleiro está sob sanções e navega com bandeira falsa, além de acrescentar que interceptações podem assumir diferentes formas além da entrada de tropas na embarcação, como navegar ou voar próximo.
Um oficial afirmou à Reuters que o petroleiro interceptado neste domingo estava sob sanções econômicas, em linha com o "bloqueio total" de embarcações do tipo anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na terça-feira. No entanto, a embarcação apreendida no sábado não constava na lista de sanções dos EUA.
Minutos após a nova interceptação ser revelada pelas agências de notícias, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu país enfrenta "uma campanha de agressão de terrorismo psicológico e corsários que assaltaram petroleiros". Não está claro se a fala é uma resposta à ação americana deste domingo especificamente.
"A Venezuela vem denunciando, enfrentando e derrotando há 25 semanas uma campanha de agressão que vai desde o terrorismo psicológico até corsários que assaltaram petroleiros. Estamos preparados para acelerar a marcha da Revolução profunda", disse Maduro em suas redes sociais.



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