Publicada em 27/02/2024 às 09h01
Ao que tudo indica, o presidente norte-americano, Joe Biden, esqueceu-se de combinar com os lados ao falar de um cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas até a próxima segunda-feira (4/3). Em declarações nesta terça (27/2), os adversários “concordaram em discordar” de Biden.
Um representante do Hamas afirmou à agência de notícias Reuters que os comentários do norte-americano são “prematuros” e não correspondem à situação vivida hoje na Faixa de Gaza.
Segundo ele, ainda existem “grandes lacunas que precisam de ser preenchidas” antes de se se falar em uma trégua.
O mesmo ocorreu com um alto funcionário israelense ao falar sobre as declarações de Biden. Ao site de notícias Ynet, ele minimizou as chances de um cessar-fogo e afirmou que não compreende “em que se baseia o otimismo” do norte-americano.
Oficialmente, autoridades de Israel afirmaram que o Hamas parecia disposto a rejeitar a última proposta dos mediadores internacionais.
O que Biden falou sobre trégua entre Israel e Hamas
Em uma sorveteria de Nova York, após participar de um evento político na segunda (26/2), Biden comentou que as negociações entre os lados pareciam se aproximar de um acordo para interromper as ações militares na região.
“Meu conselheiro de segurança nacional me disse que estamos perto. Estamos perto. Ainda não terminamos. Minha esperança é que na próxima segunda-feira teremos um cessar-fogo”, apontou o presidente.
Mas os próprios mediadores do conflito não se mostram tão certos de uma trégua tão próxima. Em uma coletiva, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar disse que não houve nenhum avanço. Entretanto, o país continua “otimista”.
Segundo ele, Israel e o Hamas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre algumas questões principais. E pediu para não comentar as declarações de Biden.
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