ELEIÇÕES NA VENEZUELA

EUA, União Europeia e mais 21 países assinam documento pedindo a divulgação das atas eleitorais na Venezuela

Um grupo com Estados Unidos, União Europeia e mais 21 países publicou nesta sexta-feira (16) uma declaração conjunta para pedir a divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano.

A declaração conjunta desta sexta é mais uma tentativa de pressionar o governo Maduro no impasse vivido pela Venezuela após a eleição. Veja abaixo os países que assinaram a declaração.

Os países exigiram uma verificação imparcial e independente dos resultados apresentados pelo CNE, alinhado a Maduro. A Suprema Corte venezuelana, também alinhada ao governo, está fazendo uma auditoria da eleição --a prática, no entanto, é considerada uma tentativa do presidente de dar um verniz legal ao resultado.

✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp

O presidente Nicolás Maduro foi declarado pelo CNE como vencedor da eleição da Venezuela no final de julho com 51,95% dos votos, contra 43,18% do candidato de oposição Edmundo González, com 96,87% das atas apuradas. A eleição aconteceu em 28 de julho e até esta sexta (16) as atas eleitorais não foram divulgadas e nem submetidas a verificação, o que levantou questões sobre a transparência do pleito.

Desde a eleição, a oposição e a comunidade internacional contestam o resultado e exigem a publicação das atas. A oposição também reinvindica a vitória na disputa: segundo contagem realizada com cerca de 80% das atas eleitorais, o candidato Edmundo González foi o vencedor da disputa com 67% dos votos, contra 30% de Maduro. Alguns países como os EUA e a União Europeia já anunciaram que consideram González como vencedor da eleição.

A declaração, assinada em Santo Domingo, capital da República Dominicana, destaca a importância de respeitar os direitos democráticos, incluindo a liberdade de expressão e o direito de se manifestar pacificamente.

Os países signatários também expressaram profunda preocupação com a repressão policial pós-eleitoral às manifestações contra o governo, a violência que resultou em mortes e as detenções arbitrárias --e pediram o fim da repressão e a libertação de manifestantes e políticos de oposição.

Veja os países que assinaram a declaração nesta sexta:

Argentina;

Canadá;

Chile;

República Checa;

Costa Rica;

Equador;

Espanha;

Estados Unidos;

Guatemala;

Guiana;

Itália;

Marrocos;

Holanda;

Reino Unido;

Panamá;

Paraguai;

Peru;

Portugal;