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EDITORIAL

As cartas que estão sendo distribuídas na disputa pelo governo de Rondônia em 2026

Publicada em 03/05/2025 às 10:42

O cenário político de Rondônia para 2026 começa a se consolidar como uma partida complexa de cartas. Cada pré-candidato analisa o jogo à sua frente, calcula os riscos, e esconde — ou revela — suas apostas conforme os movimentos dos adversários. Neste jogo, não basta ter uma boa mão: é preciso saber blefar, prever as jogadas dos outros e escolher o momento certo para aumentar a aposta.

+ OPINIÃO — “Nós contra eles”: Marcos Rogério reposiciona Confúcio e prepara polarização para 2026 em Rondônia

Com as cartas já lançadas à mesa, os nomes começam a se revelar. Alguns apostam abertamente, outros ainda seguram seus trunfos. O que se vê, por enquanto, são movimentos táticos que refletem ambições antigas, rupturas recentes e alianças em constante rearranjo.

O atual vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) já deixou claro que está na disputa. Ele deve assumir o comando do Estado em abril, quando o governador Marcos Rocha pretende deixar o cargo para concorrer ao Senado. Em entrevista recente, Gonçalves garantiu que não houve ruptura com Rocha e afirmou que conta com seu apoio. Mostra, assim, sua principal carta na mesa: a continuidade administrativa com aval do atual mandatário.

Já o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) também é um jogador experiente, mas enfrenta um impasse partidário. A provável fusão entre PSDB e Podemos deverá entregar o comando da nova legenda a um desafeto seu, ligado ao prefeito Léo Moraes. Sem espaço no novo arranjo, Hildon pode buscar outra legenda — possivelmente o Republicanos — para continuar no jogo. Sua força eleitoral é inegável, mas ele terá de trocar de baralho para seguir apostando.

Marcos Rogério (PL), senador e figura de peso no bolsonarismo rondoniense, aposta alto: conta com o apoio declarado de Jair Bolsonaro, que deseja que o PL “ganhe tudo” no estado. Rogério parece ter um trunfo valioso nas mãos, que pode mudar o rumo da disputa se bem jogado desde o início. Ao contrário das últimas eleições, em que Bolsonaro se manteve neutro entre ele e Marcos Rocha, agora o senador deverá contar com esse apoio de forma irrestrita.

Fernando Máximo, deputado federal mais votado em 2022 e um dos nomes mais fortes da nova geração política, tem demonstrado insatisfação com o União Brasil desde que foi preterido na disputa pela prefeitura da capital. As feridas ainda abertas indicam que ele poderá mudar de legenda para concorrer — e o PL seria o destino natural, onde teria liberdade para disputar cargos majoritários. Em silêncio, ele pode estar guardando um ás na manga, pronto para ser revelado no momento exato.

Já Ivo Cassol, ex-governador e senador, ainda aposta em uma reviravolta jurídica que lhe permita disputar novamente o governo. Embora inelegível até o momento, ele continua sendo um nome forte, especialmente no interior. No entanto, após a reorganização interna dos partidos e a perda de controle do PP em Rondônia, é possível que ele precise buscar uma nova legenda — talvez até uma nova mesa de jogo.

Adailton Fúria (PSD), prefeito reeleito de Cacoal com mais de 80% dos votos, é visto como um curinga nesta partida. Jovem, popular e com bom desempenho administrativo, seu nome é citado como alternativa caso Cassol não consiga viabilizar sua candidatura. Fúria tem respaldo eleitoral e, se entrar no jogo, pode embaralhar as cartas e mudar a dinâmica da disputa.

No MDB, a disputa também acontece em silêncio. O senador Confúcio Moura, político experiente, não descarta voltar ao cargo de governador. Apesar de representar um partido alinhado ao governo federal — o que pode dificultar sua candidatura num estado majoritariamente conservador — Confúcio é reconhecido por sua habilidade de articulação. Seu estilo sereno e pragmático pode agradar ao eleitorado que não se identifica com extremos ideológicos.

O deputado federal Lúcio Mosquini, atual presidente do MDB em Rondônia, afirmou ter o desejo de disputar o governo, mas demonstra incômodo com os rumos da sigla. Em declarações recentes, sinalizou que pode deixar o partido devido ao alinhamento automático com o governo Lula, do qual discorda em diversos pontos. Mosquini deixa claro que jogará apenas se as condições forem justas — não aceita cartas marcadas.

Em meio a tantas cartas sendo trocadas, embaralhadas e reveladas, a política de Rondônia se aproxima de uma rodada decisiva. Jogadores experientes e novatos compartilham a mesma mesa, cada um tentando ler o adversário e evitar apostas precipitadas. Mas, como em todo jogo, não basta ter boas cartas — é preciso saber jogá-las.

E aí fica a pergunta: em 2026, Rondônia escolherá o jogador mais ousado, o mais prudente ou aquele que melhor souber esconder o blefe?

Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica

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