Publicada em 10/03/2022 às 15h46
Os mestrandos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) buscam produzir propostas que tragam benefícios sociais. Professor de Administração do IFRO, Campus Porto Velho Zona Norte, Guilherme Tadaki Tazo Gaspar, faz parte da segunda turma do Curso de Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT), iniciada em 2021 em Rondônia. Ele participou no final do ano passado do Prêmio de PI nas Escolas, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ficando entre os finalistas do prêmio nacional e conquistando o primeiro lugar na Região Norte.
“O prêmio traz como uma das propostas a valorização do profissional da educação que se dedica a ações que trabalham o desenvolvimento e a inovação da propriedade intelectual (PI) em atividades curriculares e extracurriculares, estendendo-se tanto à rede pública como particular, em todo o Brasil”, explica o docente. E completa: “sou aluno da segunda turma do PROFNIT (2021), e isso sem dúvidas foi um fator primordial para essa conquista! O mestrado abriu meus horizontes para o mundo da Inovação e da PI. No ano passado, tivemos um conjunto de disciplinas que nos proporcionaram aprendizados ímpares, principalmente para nós que trabalhamos em Ambientes Promotores de Inovação”.
O objetivo inicial do projeto foi desenvolver em estudantes de curso técnico a prática da inovação e do empreendedorismo, em meio às situações adversas e desafiadoras da atual pandemia, utilizando os conteúdos trabalhados nas disciplinas “Administração da Produção” e “Projetos Empresariais” em conjunto com outras etapas.
“Participei do prêmio com um projeto que havia desenvolvido com os alunos do Técnico em Administração Subsequente, ainda no período de aulas remotas, devido à atual pandemia. Fui incentivado pelos professores do Mestrado PROFNIT/IFRO para me candidatar, uma vez que a premiação busca promover a temática da Inovação e da PI que são o foco do mestrado”. A live de transmissão da premiação pode ser vista neste LINK.
Conforme o professor, o resultado alcançou mais de 14 ideias, em apresentações realizadas pelos estudantes, que demonstraram o esforço para superar todas as dificuldades impostas pela pandemia, servindo ainda para reforçar a importância de práticas como essa no contexto educacional. “Atualmente estou na fase de conclusão do mestrado – desenvolvimento de um produto – que será um Material Didático para o Ensino da Inovação entre Jovens da Educação Profissional e Tecnológica. A meta agora é concorrer ao prêmio deste ano novamente, utilizando o meu produto do mestrado em busca do 1° Nacional”, visualiza Guilherme.
Para os alunos, a experiência também foi gratificante. Viviane Passos de Souza diz que “participar desse projeto interdisciplinar foi um desafio recompensador. Apesar de estarmos em plena pandemia, conseguimos lidar bem com os desafios e entregar o produto/serviço a tempo. E o resultado foi ótimo! Alguns amigos saíram até com novos projetos!”.
Os aprendizados também foram ressaltados por Daiane Pereira Borges. “Esse projeto me fez ver que nem sempre vai ser fácil dar início a um projeto, e às vezes por mais que você tenha um planejamento, alguma coisa vai dar errado, mas precisamos tentar mais uma vez, e mais outra vez, até dar certo”, afirma a estudante.
A dificuldade inicial em escolher o que iria produzir não desanimou Daniele Silva Cavalcante, que mostra ter sido de suma importância ter participado. “Escolhi fazer uma caminha pet por ser um produto sustentável. Gostei muito do resultado e através desse projeto pude agregar muito conhecimento e sei que me ajudará muito na minha carreira profissional”, conta.
Edi júnior Pinheiro do Nascimento tem a expectativa de levar para o resto da vida o que aprendeu. “Principalmente por todo aprendizado adquirido, agradecer a meus professores e meu coordenador que sempre tiveram dando apoio, disponibilizando junto à Direção recursos para a continuação do projeto e valeu demais o esforço. Poder colocar os conhecimentos do curso em um produto é gratificante, vou levar para o resto da vida que a união fez a força nesse projeto”.
Segundo a estudante Victória Passos de Souza, o projeto veio para aflorar habilidades: “mesmo não sendo apresentado presencialmente, foi dinâmico e participativo”. Ela também realça a dedicação dos alunos e parabeniza a todos que apresentaram seus produtos ou serviços mesmo em época restritiva, e aos professores que fizeram a mediação da atividade.
PROFNIT
O Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) está em sua terceira turma, tendo como sede estadual o Campus Porto Velho Zona Norte.
Nacionalmente, a proposta foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação em sua 159ª reunião do CTC em 19 de junho de 2015. É um Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Profissional, em Rede Nacional, em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação, conferindo o título de mestre.
O curso tem como objetivo a formação de recursos humanos já engajados ou dispostos a atuar nas competências dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) determinadas por Lei e dos Ambientes Promotores de Inovação nos diversos setores acadêmicos, empresarial, governamental, organizações sociais, entre outros.
Gratuito e presencial, o curso possui duração máxima de 24 meses. Em sua organização, o PROFNIT é coordenado pelo Conselho Gestor (CG) e pela Comissão Acadêmica Nacional (CAN), que operam sob a égide da Diretoria do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) e do Ponto Focal Sede, que fica na Universidade Federal de Alagoas. O Ponto Focal é uma Instituição de Ensino Superior (IES) responsável pela disciplina acadêmica do discente e pela emissão do diploma de mestre, e, no caso de Rondônia, é o IFRO por meio do Campus Zona Norte.
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