Por Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 19/10/2019 às 10h11
As eleições de outubro do próximo ano, que elegerão prefeitos, vices e vereadores prometem ser das mais disputadas em Porto Velho, capital do Estado e com mais de 300 mil eleitores. Passa de uma dezena os prováveis candidatos, mas pelo menos metade deles pode almejar o cargo público municipal mais importante da capital do Estado.
Porto Velho é um município difícil de ser administrado. Tem problemas crônicos de saneamento básico. A rede de esgoto, menos de 2% da capital atinge somente um quadrilátero central construída à época da fundação da cidade e com um agravante: a estação de tratamento é o rio Madeira.
O trânsito que somente nos últimos meses está recebendo a atenção necessária da Secretaria Municipal de Trânsito-Semtran é difícil. Não tem estacionamento regulamentado na área central e nos bairros de enorme movimento, como as zonas Leste e Sul.
Água tratada e encanada somente a pouco mais de 50% da população, mesmo assim, na área central e alguns bairros a água é dia sim, dia não. Parece que vivemos no tempo da colonização do Estado. Energia elétrica estabilizou na capital e na maioria dos municípios, após a construção do Linhão, mas hoje a Energisa distribui a energia a preço de ouro com valores absurdos e fora da realidade das famílias. Uma lástima.
A infraestrutura dos bairros de Porto Velho é sofrível. Nos últimos anos estão sendo entregues vários condomínios populares a famílias de baixa renda, mas sem os benefícios que determinados por lei, como farmácia, supermercado, posto de saúde, água, luz, pavimentação, calçada, guia, meio-fio, sarjeta, açougue, iluminação pública, dentre outras exigências não menos importantes.
O próximo prefeito tem pelo menos dois desafios. Um deles o saneamento básico que praticamente não existe na capital e para não ser muito exigente um novo Terminal Rodoviário.
Esperava-se mais de o prefeito Hildon Chaves (PSDB) eleito sem nunca ter concorrido a cargos eletivos. Ele se elegeu sob a bandeira do novo, mas tem dificuldades para poder administrar com o povo e para o povo. Tem problemas na equipe, que foi reformulada em quase a totalidade nos quase três anos de governo. Muitos cargos fundamentais, como a Educação tiveram muitas mudanças e os problemas continuam, alguns agravaram, como o transporte de alunos nas áreas rodoviária e fluvial.
Além de Hildon está na linha de frente pela disputa da prefeitura da capital nas eleições de 2020 o deputado federal Léo Moraes (Podemos). Ele que foi derrotado em 2016 no primeiro e segundo turno, mas tem identificação com o eleitorado da capital.
Daniel Pereira, ex-governador, presidente regional do SD está cotado para concorrer a prefeito de Porto Velho no próximo ano. Político experiente com passagem pela Assembleia Legislativa (Ale), Daniel tem condições de conseguir seus objetivos político.
O advogado Vinícius Miguel, do Cidadania, disputou o governo do Estado em 2018 e, mesmo sendo um estreante somou mais de 110 mil votos. Foi a grande surpresa eleitoral na época. Como quase a totalidade dos seus votos foram originários de Porto Velho, seu domicílio eleitoral, é nome que está entre os favoritos para 2020.
Outro nome a ser considerado numa lista de candidatos com chances de se eleger prefeito da capital é do médico Jaime Gazola, do PV, que já foi vereador em Porto Velho. Gazola é filho da empresária da área educacional, Maria Eliza, que é primeira suplente do senador Confúcio Moura (MDB) e que irá assumir a presidência regional do MDB. Uma parceria MDB/PV, já que o partido que foi durante décadas dominado pelo ex-senador Valdir Raupp coloca Gazola em posição de concorrer no mesmo nível de potencial de votos dos demais favoritos, já citados.
O PSB deverá concorrer com o deputado federal, ex-prefeito da capital e presidente regional do partido, Mauro Nazif. Derrotado nas eleições de 2016 pelo prefeito Hildon, não conseguindo a reeleição, Nazif terá dificuldades para disputar a prefeitura, pois tem um bom trânsito junto ao funcionalismo federal, segmento que ficará “órfão” caso o deputado se eleja prefeito novamente, tendo que renunciar ao mandato de federal.
Na lista dos azarões estão o ex-presidente da Ale, Hermínio Coelho, que já passou pela câmara de vereadores da capital e não conseguiu se reeleger pelo PCdoB. O deputado estadual, Eyder Brasil, do PSL, partido do presidente Bolsonaro e do governador Marcos Rocha é mais um escalado para a sucessão municipal.
O PT está sem um nome forte e em condições de concorrer à prefeito da capital, porque Roberto Sobrinho tem problemas de inelegibilidade. Deverá compor ou “sacrificar” algum “cumpanheiro”.
Pimenta de Rondônia, que disputou as últimas eleições a prefeito da capital e ao governo do Estado, disse que não concorrerá em 2020. O ex-vereador de Porto Velho, Ted Wilson (PRTB) é mais um pretendente. Fabrício Jurado, que preside o Novo no Estado é uma interrogação e o advogado Anderson Nanã, do PTC tem seu potencial de voto na zona Leste, onde está o maior número de eleitores de Porto Velho.
Analise e faça a sua aposta, pois estamos a menos de um ano das eleições que ocorrerão no dia 4 de outubro do próximo ano e seu voto decidirá o futuro de Porto Velho a partir de 2021.