TRAMA GOLPISTA “Sentença de morte” e “vingança política”: bolsonaristas de Rondônia reagem à condenação do ex-presidente Publicada em 12/09/2025 às 10:33 Porto Velho, RO – A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da chamada “trama golpista”, provocou fortes manifestações de lideranças bolsonaristas de Rondônia. Senadores, deputado federal e vereadora do PL se posicionaram publicamente contra a sentença, que também atingiu outros sete aliados do ex-presidente. O julgamento foi concluído na quinta-feira (11), com placar de 4 votos a 1, e incluiu condenações de militares e ex-ministros por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Apesar da fixação das penas, os réus ainda podem recorrer antes da execução das prisões. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Marcos Rogério (@marcosrogeriooficial) O senador Marcos Rogério (PL-RO) gravou mensagem na qual considerou a sentença como um ataque ao sistema democrático. “Um dia triste para o Brasil e para o direito. Acabaram de condenar o presidente Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão. Uma condenação sem crime, sem prova, sem justa causa. O que vimos no STF hoje não é justiça, é vingança política travestida de sentença”, afirmou. Ele acrescentou que a acusação de tentativa de golpe só existe “na cabeça de Alexandre de Moraes e seus aliados”. Rogério também citou o voto do ministro Luiz Fux, destacando que “ontem desmontou a narrativa jurídica do golpe e votou pela absolvição de Bolsonaro e outros acusados. Fux expôs as ilegalidades do processo, ilegalidades flagrantes”. O senador concluiu: “Minha gente, o Brasil está diante da maior injustiça da sua história. Não é Bolsonaro o condenado, é a própria democracia brasileira que hoje foi violentada por uma narrativa fantasiosa”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Senador Jaime Bagattoli (@jaimebagattolioficial) O também senador Jaime Bagattoli (PL-RO) publicou nota nas redes sociais em que classificou a decisão como “injusta e covarde”. “O resultado já era esperado e a mancha na história do STF ficará para sempre. Bolsonaro é vítima de uma sentença injusta e covarde. Condenar um homem de 70 anos a 27 anos de prisão é decretar a sua morte”, escreveu. Bagattoli ainda defendeu a atuação de Bolsonaro como liderança política. “O sistema pode até tentar prender, calar e tirar Bolsonaro das eleições, mas eles não vão conseguir apagar o fato de que Jair Messias Bolsonaro é a maior liderança política do Brasil”, disse. O senador finalizou pedindo mobilização: “O dia de hoje só nos dá mais força para lutarmos pela anistia no Congresso e corrigir essa injustiça. Força, presidente!”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Deputado Coronel Chrisóstomo (@depcoronelchrisostomo) O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) também reagiu de forma enfática, classificando o julgamento como uma encenação. Em publicação, escreveu: “Fim do teatro! Perseguição política implacável!”. Sua postagem foi acompanhada de imagens com a mensagem: “Teatro concluído! Injustiça. Primeira Turma do STF forma maioria para condenar Bolsonaro sem provas”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sofia Andrade • Vereadora eleita de Porto Velho (@sofiaandrade.ro) A vereadora de Porto Velho Sofia Andrade (PL) manifestou apoio ao ex-presidente em tom pessoal. “Hoje vi acontecer algo que me deixou de estômago embrulhado, um homem honesto ser condenado por um golpe que não deu, cujo seu único ‘erro’ perante o sistema foi ser diferente deles!”, escreveu. Ela acrescentou: “Presidente Bolsonaro, o senhor fez nascer novamente na nação a vontade de ver um futuro com liberdade, o senhor é responsável por não nos curvarmos mais ao que ditava a rede de televisão, e isso ninguém vai poder tirar. Eles podem lhe perseguir de todas as maneiras, mas a transformação que o senhor fez nessa Nação eles jamais conseguirão apagar!”. Enquanto parlamentares do PL se manifestaram, outros representantes de Rondônia permaneceram em silêncio diante da decisão do Supremo. Não se pronunciaram Lúcio Mosquini (MDB), Cristiane Lopes (União Brasil), Sílvia Cristina (PP), Maurício Carvalho (União Brasil), Rafael Fera (Podemos) e Fernando Máximo (União Brasil). O senador Confúcio Moura (MDB) também não fez declarações públicas sobre o julgamento. Já Thiago Flores (Republicanos) se limitou a perguntar à sua audiência se considerava o julgamento justo ou não, sem tomar posição direta. Além de Bolsonaro, foram condenados Walter Braga Netto (26 anos), Almir Garnier (24 anos), Anderson Torres (24 anos), Augusto Heleno (21 anos), Paulo Sérgio Nogueira (19 anos), Alexandre Ramagem (16 anos, um mês e 15 dias) e Mauro Cid, que recebeu pena de dois anos em regime aberto, beneficiado por acordo de colaboração premiada. A decisão da Primeira Turma ainda pode ser alvo de recursos antes do cumprimento das penas, mas já mobilizou aliados e opositores, evidenciando mais uma vez a divisão política em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Léo equilibra carisma e eficiência; bancada apoia PEC da blindagem; omissão sustenta garimpo ilegal Fera apoia blindagem a deputados; e Republicanos com Máximo é rasteira dos Carvalho em Rocha Deputada Gislaine Lebrinha participa de encontro nacional sobre enfrentamento à violência contra a mulher Campo Novo recebe implementos agrícolas por meio de emenda do deputado Ezequiel Neiva Delegado Camargo protocola decreto legislativo para suspender terceirização da saúde em Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest