PARTE II Rocha fala do atrito com vice, relembra choro de Júnior Gonçalves, defende atuação do irmão no Detran e reafirma pré-candidatura Publicada em 02/07/2025 às 10:41 Porto Velho, RO – Na segunda parte da entrevista concedida ao podcast Resenha Política, exibido no canal do programa no YouTube e veiculado exclusivamente pelo Rondônia Dinâmica nesta quarta-feira, 02, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil), fez novos desabafos sobre a crise política com seu vice, Sérgio Gonçalves. Ele também comentou a ausência de apoio de Jair Bolsonaro na eleição de 2022, reagiu às críticas sobre sua viagem a Israel durante a guerra e defendeu o irmão, Sandro Rocha, atual diretor do Detran-RO, contra insinuações de corrupção. A primeira parte da entrevista foi exibida na terça-feira, 1º de julho. + Marcos Rocha fala sobre denúncias de “grampos” feitas por Marcelo Cruz e Júnior Gonçalves, ex-chefe da Casa Civil Logo no início da nova rodada da conversa, o governador voltou a negar qualquer ligação entre um vídeo que postou nas redes sociais alertando seus secretários sobre corrupção e a operação da Polícia Federal que, dias depois, atingiria nomes da gestão. “Foi coincidência. As pessoas conjecturam, mas não foi. Eu falo o tempo inteiro para os secretários não se envolverem em corrupção”, afirmou. Sobre o rompimento com o vice, Rocha reforçou que ainda não houve conversa direta, mas relatou um breve encontro recente: “Sentei ao lado dele e falei: ‘preciso conversar contigo. Acho que você está indo pelo caminho errado’”. Ao ser questionado sobre eventual exoneração do vice da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, desconversou: “Isso é coisa que eu preciso...”. O governador também disse que foi “levado ao erro” ao confiar na lealdade de Sérgio Gonçalves. “Ele não era a minha primeira opção”, declarou. Segundo Marcos Rocha, o convite ao então secretário só foi feito após negativa de outras lideranças, como o ex-presidente da câmara de Cacoal, Divino Cardoso. Rocha também revelou que o próprio irmão de Sérgio, Júnior Gonçalves, foi contrário à indicação do vice, o que teria sido comunicado diretamente ao governador. “Inclusive o Júnior não queria que ele fosse”, afirmou. CONFIRA: A relação com Júnior Gonçalves, antes braço-direito na Casa Civil, foi descrita como encerrada. Marcos Rocha recordou que, quando Júnior foi afastado do cargo por 60 dias, ele próprio decidiu mantê-lo no governo e demonstrou solidariedade diante do impacto emocional do episódio. “Ele chorando, eu mandei uma mensagem pra ele dizendo: ‘Fica tranquilo. Fique em paz. Eu estou com você. Acredito na tua seriedade. Até que se prove ao contrário, você está tranquilo’.” O clima entre os dois azedou durante a viagem oficial do governador a Israel, marcada por críticas. Rocha afirmou que a ida ao país foi institucional, com agendas no Congresso israelense e com empresas de tecnologia: “Eu ajudei um monte de gente lá, de outros estados e até de outros países”. Segundo ele, a visita tratou de soluções em segurança, monitoramento de incêndios e agropecuária. "Levei o tambaqui, eles gostaram." Ainda sobre o episódio, o chefe do Executivo estadual alegou que as viagens oficiais são mantidas em sigilo por protocolo de segurança. “Mesmo dentro do estado, às vezes eu mudo o trajeto. Tudo é protocolo.” Rocha também abordou a ausência de apoio direto de Jair Bolsonaro na sua campanha à reeleição em 2022. “Eu sou leal. Bolsonaro me estendeu a mão, me puxou para uma área que eu nunca sonhei fazer parte. Eu não sou ingrato”, disse. Questionado se o ex-presidente o havia abandonado, respondeu: “Ele tem um partido. Eu tenho outro”. A presidência da União Brasil em Rondônia, partido ao qual Rocha é filiado, também foi mencionada. “Hoje não tem presidente. A comissão saiu toda”, disse o governador, citando o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. Outro momento de tensão na entrevista foi a citação a Sandro Rocha, irmão do governador e diretor-geral do Detran. Ao comentar uma crítica pública do ex-chefe da Casa Civil Júnior Gonçalves, Rocha reagiu: “Isso é covardia. Os covardes fazem covardia”. O governador afirmou que conversou com o irmão e defendeu sua conduta: “Ele é muito inteligente. Uma pessoa preparada, e sem safadeza. Não tem safadeza”. Na reta final da entrevista, o governador detalhou sua política social, com ênfase nos programas da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, comandada pela primeira-dama Luana Rocha. Entre as ações citadas estão o “Mamãe Cheguei”, “Mulher Protegida”, “Vencer” e “Prato Fácil”. Segundo Marcos Rocha, os programas foram criados a partir de experiências de vida tanto dele quanto da esposa. “Ela passou muita fome. Ela é de Guajará-Mirim. A gente combina em casa: vamos fazer tudo que ninguém nunca fez?”, relatou. Ele também citou o “Meu Sonho”, programa habitacional com subsídio estadual de até R$ 30 mil para entrada de casas financiadas pela Caixa. Segundo Rocha, mais de 110 mil pessoas já se inscreveram para as cinco mil unidades ofertadas. Na área econômica, o governador voltou a falar sobre a tentativa de resolver os passivos cruzados entre Caerd e Energisa. “Existe uma dívida da Energisa com a Caerd e uma dívida da Caerd com a Energisa. Seria uma espécie de encontro de contas”, explicou, dizendo que prefeitos e deputados agora pedem a retomada da proposta que, antes, era criticada. Ele afirmou ainda que o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) reconheceu a viabilidade da medida. “Nosso Tribunal de Contas é extremamente coerente”, pontuou. O governador também comentou a atuação de sua equipe de secretários, especialmente os nomes de Elias Rezende e Lauro Fernandes [Diretor Técnico e Operacional da Caerd). Ele garantiu que as escolhas foram feitas com base técnica e não por apadrinhamento político. “Se a pessoa é competente, se a secretaria entende que vai ser útil, por que não?”, questionou. Ao final, Marcos Rocha voltou a afirmar que deve ser candidato ao Senado. Disse que a população avaliará o que ele chamou de “fraqueza moral” daqueles que, segundo ele, romperam com sua confiança. “Exemplo: se Sérgio Gonçalves assumir o governo e começar a agir de forma cruel, não sou eu que vou ver isso, é a população”, concluiu. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Eyder Brasil destina emenda e apoia time de advogados da OAB/RO em campeonato nacional Thiago Flores concorre ao Prêmio Congresso em Foco como um dos melhores parlamentares do Brasil Deputado Laerte Gomes destaca protagonismo dos vereadores no desenvolvimento dos municípios Assembleia Legislativa concede Título de Cidadão Honorário ao presidente da CBF, Samir Xaud Ieda Chaves recomenda a oferta de conexão Wi-Fi aos usuários do Hospital João Paulo II Twitter Facebook instagram pinterest