"FORÇAS REBELDES"

Guerra na Síria: rebeldes se aproximam de Damasco e forças de Assad se retiram nos arredores da capital

Neste sábado (7), as forças rebeldes do movimento jihadista Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla local) tomaram o controle de mais duas cidades: Quneitra, no Golã sírio, perto da fronteira com Israel, e Sanamayn, a cerca de 20 km do portão sul de Damasco.

Segundo a agência Reuters, as informações vêm dos depoimentos de rebeldes à agência Reuters, entre eles o comandante Hassan Abdul Ghany, e de um oficial sírio, que confirmou a retirada das tropas governamentais de Quneitra.

Na província sulista de Suweida, próximo à fronteira com a Jordânia, a milícia drusa tomou a maioria das bases do exército, que se retirou do território.

Desde sexta (6), os rebeldes vêm avançando em direção à capital, Damasco, para montar um cerco e tentar derrubar o governo do ditador Bashar al-Assad. Autoridades do Egito e da Jordânia pediram para que Assad deixe o país, segundo reportagem do jornal "The Wall Street Journal".

Ainda na sexta-feira, os rebeldes afirmaram estarem posicionados próximo aos muros de Homs, a terceira maior cidade do país. O exército sírio tem resistido, desmanchando a linha de frente dos insurgentes e bombardeando os locais de concentração das forças.

⚠️O ditador sírio Bashar al-Assad, no poder há 24 anos, conta com o apoio de aliados influentes e poderosos na região, como Rússia, Irã e o grupo extremista Hezbollah. Apesar disso, o momento turbulento na política internacional não favorece a Síria. Irã e Hezbollah estão enfraquecidos pelo conflito com Israel e a Rússia trava guerra com a Ucrânia que já dura dois anos.

O avanço dos rebeldes

O HTS levantou ofensivas no leste, sul e norte do país, começando pela cidade de Aleppo, a segunda maior da Síria. Além dela, os rebeldes já tomaram as cidades de Hama e Deir el-Zor, assim como Quneitra e Sanamayn.

Os rebeldes afirmam ainda terem capturado a cidade de Daraa, embora o exército de Assad não reconheça a captura.

Atualmente, o ponto crítico está no cerco a Homs, cidade que conecta Damasco à costa mediterrânea — onde estão localizadas bases militares da Rússia, aliada de Assad.