ALIANÇA MILITAR

Chefe da OTAN instiga aliados a acelerar produção de armamentos

A coragem, por si só, não detém drones. Apenas o heroísmo não intercepta mísseis", declarou Stoltenberg em uma mensagem transmitida por videoconferência durante o primeiro Fórum Internacional da Indústria de Defesa em Kiev.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, os aliados ocidentais têm fornecido armamento às forças ucranianas, que estão conduzindo uma contraofensiva no sul e leste do país.

"A Ucrânia precisa de capacidades. De alta qualidade. Em grande quantidade. E rapidamente", disse Stoltenberg, conforme citado pela agência espanhola EFE.

O líder da OTAN lembrou que muitos dos 31 países da aliança tiveram que reduzir seus próprios arsenais para poder armar a Ucrânia.

"Temos que aumentar a produção, tanto para atender às necessidades da Ucrânia quanto para garantir nossa dissuasão e defesa", afirmou o político norueguês.

Stoltenberg, que visitou Kiev na quinta-feira, elogiou a indústria de defesa ucraniana por sua capacidade de inovação, transferência de produção para áreas menos expostas a ataques russos e adoção das normas da OTAN durante o conflito.

"Da fabricação de drones à desminagem, a Ucrânia inovou a uma velocidade incrível. Todos nós temos muito a aprender com a Ucrânia", disse aos representantes de 160 empresas de 26 países participantes do fórum em Kiev.

Em junho, os líderes da OTAN decidiram simplificar o processo de adesão da Ucrânia à organização transatlântica de defesa e fortalecer os laços políticos com Kiev.

Hoje, a Ucrânia anunciou ter discutido com a França a possibilidade de produção conjunta ou compra de armas. O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umérov, fez o anúncio após conversações em Kiev com seu homólogo francês, Sébastien Lecornu. Representantes da indústria de defesa dos dois países assinaram um memorando que "estabelece um quadro jurídico para a celebração de contratos" para a produção de equipamento militar, de acordo com Umérov. Isso também contribuirá para aprofundar a cooperação técnico-militar e projetos conjuntos de alta tecnologia.