OPINIÃO

Apesar das cobranças, Pacheco pode ter dois votos de senadores de Rondônia enquanto Marcos Rogério está licenciado

Porto Velho, RO – Se Marcos Rogério (PL) não retornar de sua licença até o dia da votação exista uma grande possibilidade de o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contar com pelo menos dois votos de congressistas de Rondônia à recondução.

RELEMBRE
Confúcio Moura é cobrado nas redes sociais para votar contra o senador Rodrigo Pacheco, ex-aliado de Jair Bolsonaro

Isto, a despeito das inúmeras mensagens enviadas às páginas dos políticos regionais por cidadãos que não querem a manutenção de Pacheco no Poder. Parte dos bolsonaristas vê em Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, a melhor escolha para, segundo eles, por exemplo, pautar pedidos de impeachment de ministros do Supremo (STF) restabelecendo a divisão entre os Poderes.

A votação, no entanto, é secreta.

A especulação do Rondônia Dinâmica, lado outro, tem razão de existir porque encontra lastro nos desdobramentos vivenciados em Brasília – e também por força de informações aventadas pelo noticiário nacional, como o site da CNN Brasil.

Sem Rogério, Samuel Araújo, suplente que assumiu o posto, rumou para a legenda do mandatário da Câmara Alta, que em Rondônia é presidida pelo deputado federal Expedito Netto (não reeleito).


Pacheco foi o candidato de Bolsonaro em 2021, quando eleito presidente do Senado / Reprodução

O partido é base do governo Lula (PT), arrimo político que conta também com o MDB de Confúcio Moura.

O emedebista, inclusive, foi membro da equipe de transição capitaneada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin.

As duas siglas compõem os ministérios da atual gestão da União.

Sobrando na dissidência estaria penas o pecuarista Jaime Bagattoli, correligionário de Marcos Rogério e do ex-presidente de Jair Bolsonaro.

A própria CNN Brasil sacramenta:

“Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ouvidos pela CNN sob reserva calculam que ele tem, no momento, entre 55 e 60 votos dos senadores pela sua reeleição à presidência da Casa. É preciso ao menos 41 votos favoráveis para ser eleito como presidente do Senado”.

Acrescenta em seguida:

“Senadores e auxiliares próximos a Pacheco consideram que o cálculo é difícil de se estimar com exatidão por se tratar de uma votação secreta – apesar de ser uma votação nominal, os posicionamentos de cada senador não serão divulgados”.

E finaliza:

“Os maiores partidos que apoiam a reeleição de Pacheco são PSD, ao qual é filiado, MDB e PT. O União Brasil, do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (AP), também deve apoiar a candidatura de Pacheco”.

Portanto, na visão deste jornal eletrônico, reiterando, com base nos fatos, a probabilidade de a maioria entre senadores de Rondônia rumar com Pacheco é altíssima caso, também repise-se, Marcos Rogério não retorne às atividades.