Rondoniadinamica
Publicada em 31/07/2020 às 10h48
Porto Velho, RO – O ex-governador Daniel Pereira, hoje no Solidariedade, publicou um longo manifesto abordando minúcias a respeito da Operação Mobilis.
Ele mencionou o trabalho desenvolvido em Rondônia pelo policial militar Marcelo Vitor Duarte, major, que, segundo ele, foi preso, e fez questão de relembrar injustiças cometidas no curso das investigações da malfadada Operação Pau Oco.
À época, a Polícia Civil (PC/RO), através da assessoria de Imprensa, chegou a divulgar, de forma errônea, que Pereira havia sido preso durante a diligência.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO DESABAFO:
AS INJUSTIÇAS CAUSAM FERIDAS DE DIFÍCEIS CICATRIZAÇÃO
Recebi notícias de desconfortos e conselho para buscar o silêncio. Fiz isso em novembro de 2018. Pessoas foram expostas de forma absurda e cruéis, por puro sadismo. Meu silêncio republicano jamais foi respeitado.
Em abril de 2019 fui preso e solto em alguns minutos, com áudios dando ordens e contra ordens. Silêncio total de quem devia coibir abusos. Em 2018 prendiam os líderes de uma " ORCRIM", em 2019 eu era o líder da "ORCRIM. Hoje é de conhecimentos público, mesmo com o silêncio ou o conformismo de algumas autoridades, quem era a ORCRIM que tinha um projeto de poder.
Depois disso veio a Lei de Abuso de Autoridade, que visa proteger a identidade pessoal dos investigados, para evitar condenações antecipadas, com irreparáveis perdas no futuro.
Agora, no dia da prisão do Major Marcelo Vitor Duarte e equipe, a notícia veio de Brasília, alguns minutos após o ocorrido, inclusive com a presença nos sites de algumas corporações sindicais. Todo orquestrado. Tudo espetáculo. Zero de preocupação com a palavra justiça. Tudo pelo massacre "do inimigo"! O mesmo modo de atuação da Operação Pau Oco, embora com agentes diversos.
Que os investigados na Operação Mobilis tenham garantido a eles algo em vigência no mundo ocidental desde a Idade Média, que é o direito à ampla defesa e ao contraditório. Com uma deliberação estatal ao final, pela culpa ou inocência, conforme o caso.
Em 2018 agiram com abuso de autoridade, repetindo o mesmo "modus operandis" em 2019 e agora em 2020, na mesma medida!
No caso do desastre chamado Operação Pau Oco, dá vergonha dos resultados obtidos diante dos espetáculos feitos. Mas sempre é bom lembrar que milhares de reais do contribuinte foram gastos por pessoas que escarnecem da justiça e seus valores.
Aproveito para reiterar o respeito ( não o temor reverencial, como propõe um desastrado agente público) , às instituições, TJ, MP, PC, PM, BM, POLITEC, aos bons homens e mulheres que delas fazem parte.
À PC e seus agentes, em particular os delegados, meus respeitos em nome de muitos profissionais, dos quais convivo há mais de trinta e cinco ano de vida pública, mas, simplesmente repetindo o óbvio, quem agem fora da lei, é criminoso, e esse crime fica mais acintoso, se é cometido por alguém bancado pelos cofres públicos.
Não sei se o Major Marcelo e os investigados serão julgados culpados ou inocentes, mas o resultado do trabalho deles está presente em todas as localidades de Rondônia. Os comandantes da PM e as autoridades de controle de serviços públicos podem acessar de forma remota, cada viatura, saber onde ela está, 24 horas por dia. Esse legado ninguém tira desses massacrados acusados.
Que outros recursos públicos ou de doação ao povo de Rondônia possam ser da mesma forma auditados, conferidos, verificados, aplaudidos ou repudiados.
Que os homens e mulheres que foram gestores no caso do Convênio 776351/2012, obtidos juntos à SENASP/MJ, que denunciados "de forma anônima" em 05.09.2014 ao MP, com solicitação de informações em 27.09.2016 ( DOIS ANOS DEPOIS), cujas respostas ao membro do "Parquet" não foram satisfatórias, ensejou uma ICP - inquérito civil público, em 13.09.2018 ( DOIS ANOS DEPOIS).
Esperamos que daqui a trinta dias, quando fará novamente dois anos do segundo dois anos, em setembro de 2020, possamos saber qual foi o deslinde do caso.
Não sabemos o resultado final, mas os agentes envolvidos, caso aplicadas as normas hoje destinadas ao Major Marcelo e equipe, tiveram melhor sorte. Culpados ou inocentes, foram poupados do linchamento moral midiático.
Também tiveram, até agora, melhor sorte os "responsáveis" pelo investimento de verbas compensatórias das usinas, destinados à instalação de um "sistema de video monitoramênto em Porto Velho, para mais de noventa câmaras.
Uma vergonha! Nunca funcionou!
Nada disso restou ao sofrido povo de Porto Velho.
Também ninguém foi preso ou humilhado por tal incompetência ou atitude criminosa!
O Major Marcelo e equipe não tiveram tanta sorte! Não foram julgados ainda, mas já foram condenados!
Mas, em Chupinguaia, Pimenteiras, Machadinho, Costa Marques, Guajará, Cabixi, Extrema, Nova Califórnia, a PM está na rua, MOBILE às mãos, registrando um ocorrência em minutos, quando já foi horas ou dias.
A JUSTIÇA chegará! Temos certeza! Mesmo que tardia! Os homens e mulheres de honra a merecem!
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