G1
Publicada em 08/10/2019 às 14h43
A Embaixada do Brasil em Quito emitiu nesta terça-feira (8) comunicado em que pede que turistas brasileiros considerem adiar qualquer viagem ao Equador enquanto durarem as manifestações contra o governo equatoriano. O país está em estado de exceção desde a quinta-feira passada, e ao menos um civil morreu nos protestos.
Além disso, a representação deu as seguintes recomendações a brasileiros:
Evitar circular por cidades como Quito, Cuenca e outras localidades nos Andes
Tomar precauções em Guayaquil e em cidades litorâneas ou amazônicas
Evitar trafegar por estradas equatorianas, especialmente nas províncias andinas
Ficar atento aos bloqueios de vias públicas e estradas
Levar em conta que serviços de transportes deverão ficar interrompidos durante os protestos
Verificar situação de aeroportos antes de viajar
No comunicado, a embaixada afirma não ter conhecimento de brasileiros detidos ou feridos nas manifestações.
"Cabe ressaltar que a comunidade brasileira no Equador é bem integrada. Não existe, por exemplo, brasileiro preso por qualquer crime no país", diz a nota.
Na segunda-feira, dois brasileiros que saíram dos EUA em uma aventura de moto rumo ao Brasil, passando por 14 países, enfrentaram ameaças para conseguir entrar no Equador. Eles relataram que precisaram fugir e se abrigar em um ponto do exército.
Greve geral no Equador
A embaixada brasileira também alerta para a convocação de uma greve geral em Quito nesta quarta-feira (9). Para tentar conter a violência, o presidente do Equador, Lenín Moreno, decidiu retirar o governo da capital e transferir para a litorânea Guayaquil, maior cidade equatoriana.
O país enfrenta uma onda de protestos desde a disparada do preço dos combustíveis, que foi provocada pelo fim dos subsídios decretado pelo governo. A medida atende a um acordo assinado com o FMI para a concessão de um empréstimo de US$ 4,2 bilhões.
Durante o pronunciamento nesta segunda, Moreno reiterou que não voltará atrás nos ajustes econômicos. Ele disse que seu antecessor, Rafael Correa, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, querem desestabilizar seu governo. "O déspota do Maduro ativou com Correa seu plano de desestabilização", declarou. O ex-presidente equatoriano, que governou entre 2007 e 2017, está atualmente na Bélgica.
Moreno foi eleito em 2017 pelo partido de esquerda Aliança País e foi apoiado por Correa. Após chegar ao poder, Lenín Moreno rompeu com o antecessor.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2019/10/embaixada-brasileira-no-equador-pede-que-turistas-avaliem-adiar-viagens-ao-pais,58269.shtml