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Publicada em 25/06/2019 às 09h17
Henrique Nunes, de 19 anos, teve a oportunidade de mostrar para o mundo, o domínio da arte milenar do Kung Fu, no Mundial da China, entre 14 e 18 de junho. O único atleta da região norte do Brasil, conquistou medalha de bronze, após competir na categoria adulto, com o uso de bastão.
Para chegar até lá, além de correr atrás de apoio financeiro, o atleta rondoniense ainda teve que enfrentar 11 horas de ônibus até Porto velho, 3 horas de voo para São Paulo, 24h de São Paulo até Chengdu e mais 2 horas de ônibus até Emeishan, local de realização da competição. No total, Henrique ficou mais de 40 horas viajando para poder participar do Mundial.
Em entrevista à rádio CBN Amazônia, Henrique contou sobre a experiência de lutar Kung Fu, na terra dos lutadores mais famosos como Jackie Chan e Bruce Lee.
- Eu não esperava ir para China, é um gasto bem alto, estimado em 14 mil reais e chegou um tempo que eu não tinha dinheiro para ir. Fomos em 30 atletas brasileiros para o mundial e eu sendo o único atleta da região norte - disse Henrique.
Júnior Souza, representante da Federação de Kung Fu de Rondônia, acredita que só a ida do Henrique para o Mundial, já é uma conquista de ouro.
- Quando falamos medalha de bronze, levando em consideração que o Henrique foi para China, participar de um campeonato mundial, representar Rondônia e o Brasil, nós podemos dizer que ele voltou com a medalha de ouro. Afinal de contas, ele estava no berço do Kung Fu - disse Júnior.
COMO FOI A APRESENTAÇÃO?
- O Kung Fu hoje funciona em formato de apresentações, temos com formas de mãos livres, imitamos estilos de louva-deus, serpente, águia e formas de armas, espadas, facões, espadas, bastão e a forma que eu apresentei lá, conquistando a medalha de bronze, foi com bastão - explicou o atleta.
E AGORA, COMO FICA O FUTURO?
- Agora em Setembro já temos o Campeonato Brasileiro em Bombinhas, Santa Catarina que será classificatório para o treinamento da Seleção, para disputar mais eventos internacionais e o principal será o Sul-americano de 2020, no Chile e também pretendo entrar no ramo de trabalho em Ji-Paraná - revelou Henrique.
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