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Publicada em 13/05/2022 às 09h19
Volodymyr Zelensky disse esta quinta-feira (12.05), durante uma entrevista televisiva que será transmitida esta noite em Itália, que está disponível para conversar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "mas sem ultimatos".
"Estou disposto a falar com Putin, mas sem ultimatos", defendeu Zelensky na entrevista concedida ao canal público de televisão italiano RAI, a primeira a um meio de comunicação social de Itália desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
Zelensky explicou que as negociações com Moscovo são complicadas porque "todos os dias os russos ocupam aldeias, muitas pessoas deixaram as casas, foram mortas pelos russos" e os cidadãos ucranianos estão a sofrer "torturas e assassínios".
O Presidente ucraniano defendeu que o exército russo deve deixar o país o mais depressa possível e responder pelo que fez, rejeitando que deva ser procurada "uma saída para a Rússia".
"Sei que Putin quer conseguir resultados. Mas ter de ceder alguma coisa para salvar a face do Presidente russo não é justo. A Ucrânia não vai salvar a face de ninguém pagando com os seus territórios", argumentou Zelensky.
Nesse sentido, garante que em nenhum momento considerou "reconhecer a independência da Crimeia", anexada pela Rússia em 2014, e sustenta que a Crimeia "sempre foi território ucraniano".
"A Ucrânia quer a paz. Quer coisas muito normais como respeito pela soberania, integridade territorial, tradições do povo, língua. Podem ser coisas triviais, mas foram violadas pela Rússia e devem ser devolvidas", insistiu o líder ucraniano.
Sobre a situação em Azovstal, o Presidente ucraniano disse que o Governo do seu país está fazendo "todo o possível". "Demos as informações aos russos. A Suíça e a Turquia estão envolvidas neste assunto, e também falei com o Presidente da Finlândia (Sauli Ninisto), que falará com Putin", declarou.
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