Por G1
Publicada em 10/10/2019 às 14h34
Foram presas duas pessoas ligadas a Rudolph Giuliani, o advogado pessoal de Donald Trump, que ajudaram em iniciativas para investigar rivais do presidente dos EUA.
Eles devem ser levados a uma corte na Virgínia do Norte nesta quinta-feira (10), de acordo com um porta-voz da advocacia-geral dos EUA.
Os homens são Lev Parnas e Igor Fruman, e são considerados testemunhas importantes do inquérito do impeachment de Trump. Eles enfrentam acusações ligadas a financiamento de campanha, mas ainda não está claro quais são os crimes que eles teriam cometido.
Os dois ajudaram Giuliani em sua tentativa de forçar a Ucrânia a investigar Joe Biden, pré-candidato do Partido Democrata ao governo dos EUA, e seu filho Hunter.
Uma queixa de um delator, apresentada em 12 de agosto, apontava que Trump usou seu cargo para solicitar interferência de um país estrangeiro para ganhar força política e se eleger para um segundo mandato em 2020.
Trump teria vinculado uma verba de US$ 400 milhões para assistência militar para a Ucrânia para forçar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar Biden e seu filho Hunter, que trabalhou como diretor em uma companhia energética ucraniana.
"O advogado pessoal do presidente, o senhor Rudolph Giuliani, é uma figura central nesse esforço. O procurador geral [William] Barr parece estar envolvido também", afirmou o delator no documento de acusação.
No dia 2 de agosto, o advogado de Trump foi a Madri, na Espanha, para se encontrar com um conselheiro do ucraniano, Andriy Yermak. O encontro foi uma reunião de acompanhamento (“follow up”) sobre os casos que os presidentes haviam discutido.