Por G1
Publicada em 17/09/2019 às 15h27
Príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro da Energia da Arábia Saudita, em coletiva de imprensa após ataques a instalações petroleiras — Foto: Waleed Ali/Reuters
O ministro da energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, anunciou nesta terça-feira (17) que as instalações petroleiras retomaram parte da produção interrompida pelo ataque ocorrido no sábado.
As explosões interromperam a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia – equivalente a mais da metade dos 9,6 milhões produzidos diariamente segundo a agência Associated Press e 5% da produção mundial.
Imagem de satélite deste sábado (14) mostra fumaça provocada por incêndios após ataque de drones na Arábia Saudita — Foto: NASA Worldview/ AP
Bin Salman também afirmou que não sabe quem está por trás do atentado. O governo dos Estados Unidos insinuam que o Irã tenha relação com os ataques, enquanto os rebeldes houthis do Iêmen – apoiados pelo regime iraniano – assumiram autoria (leia mais adiante sobre o assunto).
Segundo Yassir al-Rumayyan, presidente da Aramco – companhia saudita proprietária das instalações –, a capacidade de produção voltará ao normal até o fim de setembro. Inclusive, a empresa espera ampliar a produtividade para 11 milhões de barris por dia nas próximas semanas e 12 milhões no fim de novembro.
Nesta terça-feira, os preços do petróleo voltaram a cair após dispararem na segunda-feira. Por volta das 15h20 (horário de Brasília), o petróleo Brent recuava 5,65%, a US$ 65,12 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos caía 5,02%, a US$ 59,74 por barril, segundo a Bloomberg.
Ataque a petroleira saudita
Drones atacaram ao menos duas instalações da Aramco, maior petroleira do mundo no sábado, em um incidente que fez disparar o preço do petróleo no mundo e acirrou a crise no Oriente Médio.
Logo após os ataques, rebeldes houthis iemenitas reivindicaram autoria. O grupo é aliado do Irã e luta do lado oposto à Arábia Saudita na Guerra do Iêmen – a maior crise humanitária do planeta em 2018 segundo a ONU.
Os Estados Unidos sugerem que o governo iraniano esteja por trás dos ataques. O presidente Donald Trump, inclusive, disse que Washington não descartava uma resposta militar ao atentado – a Arábia Saudita é aliada dos EUA. Além disso, a monarquia saudita afirmou que os autores do atentado utilizaram armas iranianas.
O Irã, entretanto, nega ter relação com os ataques. Nesta terça-feira, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, descartou qualquer negociação com os Estados Unidos.