Por Marco Sales - Assessoria de Comunicação/Ameron
Publicada em 14/06/2019 às 11h48
O presidente da Ameron, desembargador Alexandre Miguel, a vice-presidente Inês Moreira da Costa e o juiz auxiliar da Corregedoria do TJRO, Cristiano Gomes Mazzini receberam os alunos do ensino médio da Escola Estadual 7 de Setembro. Os alunos viajaram 540 km de Espigão do Oeste até Porto Velho para conhecer as estruturas do Poder Judiciário, o trabalho dos juízes e compreender como funciona os mais diversos sistemas de Justiça. Na ocasião, os estudantes acompanharam as sessões de julgamento, receberam a Cartilha Justiça e Cidadania e foram apresentados ao Concurso de Redação promovido pela Ameron, em parceria com o TJRO e Emeron.
Essa visita compõe as atividades previstas na grade curricular da disciplina eletiva “Política ou Politicalha” implementado na Escola integral, no qual os alunos aprendem princípios da cidadania como o funcionamento dos três Poderes, desenvolvem campanhas eleitorais para a escolha de representantes da turma e elegem os líderes denominando de prefeito e vereadores da instituição de ensino.
Recepcionados pelo presidente da Ameron, Alexandre Miguel, os alunos conheceram o funcionamento da progressão da carreira da magistratura. O desembargador lembrou do carinho especial que nutre por Espigão do Oeste, comarca onde percorreu os primeiros passos no Judiciário, quando ainda tinha apenas 24 anos. “O juiz tem assegurado uma série de prerrogativas, pois só pode exercer essa função e é impedido de ter outro emprego, ao menos que seja a docência para compartilhar experiências com seus discípulos” explicou o presidente da Ameron. “Para fazer o concurso é preciso conhecer de tudo e um pouco mais dos diversos ramos do direito e isso exige muita dedicação e comprometimento com os estudos. É uma prova extensa e cansativa porque são várias etapas”, completou o desembargador.
O juiz auxiliar da Corregedoria do TJRO, Cristiano Gomes Mazzini, explicou sobre os mais diversos sistemas de Justiça, entre eles o Cível e o Penal. Para o magistrado é fundamental estabelecer a aproximação entre os estudantes e a magistratura, pois além de serem multiplicadores da informação, os alunos tem a oportunidade de estabelecer contato com a carreira jurídica antes de ingressar na universidade. "Para além de contribuir com a formação daqueles jovens, senti extrema gratidão em poder compartilhar um pouco da minha experiência como magistrado, despertando interesses, curiosidades e esclarecimentos sobre uma estrutura que não lhes era muito acessível, até em razão da grade acadêmica regular do ensino médio. Houve, ainda, um momento em que foi possível confirmar que as carreiras jurídicas estão acessíveis àqueles que a almejem e se esforçam, ainda que não tenham acesso a colégios particulares e em capitais, já que eu sou egresso dos bancos das escolas públicas interioranas, assim como outros tantos magistrados, inclusive o desembargador Alexandre", destacou o magistrado.
A vice-presidente da Ameron, Inês Moreira da Costa, detalhou o regulamento do Concurso de Redação “Justiça e Cidadania” que pretende atingir quase 10 mil alunos, localizados em 64 instituições de ensino estadual, das 23 comarcas de Rondônia. “É muito bom receber os alunos e passar um pouquinho da nossa vivência para eles. O Direito é uma ciência muito rica, que permite escolher várias carreiras, e transmitir um pouco de conhecimento a esses alunos, que ainda estão na fase de escolher que profissão seguir, é muito bom", sintetizou.
A visita a Corte Judiciária foi suficiente para eliminar as dúvidas da Érica Silva Barbosa, a aluna de 16 anos está determinada a se tornar uma desembargadora no futuro. “Pretendo levar essa experiência para a minha vida até eu conseguir alcançar os meus objetivos. Foi uma oportunidade única e aprendi bastante. O que mais me chamou a atenção foi o conhecimento que os magistrados tem e para se tornar um desembargador requer um gabarito excelente. Inclusive, observei na lista que há uma desembargadora e acho que é interessante conhecer pessoas assim e quem sabe algum dia, eu não possa me tornar uma também?”, comentou a estudante.
Na opinião do Ronaldo Oliver, 16 anos, a visita técnica permite vivenciar na prática o aprendizado em sala de aula. “Nós já sabíamos de alguns detalhes a respeito do Tribunal de Justiça e nessa visita várias dúvidas foram sanadas a respeito do funcionamento do Judiciário, como é o caso dos julgamentos. Foi uma experiência muito boa”, afirmou.
A divulgação do Concurso de Redação motivou a escola a realizar atividades multidisciplinares para engajar os estudantes a escrever sobre a atuação da Justiça de Rondônia. “Já estamos pensando em como vamos nos organizar para participar do concurso, principalmente agora após a visita à Porto Velho que permitiu aos nossos alunos terem a noção de como é simular um júri, por exemplo”, explicou a professora Luziana Furtado.
A vereadora, Lirvani Storch, é uma das voluntárias da disciplina eletiva “Política ou Politicalha”, a parlamentar lembrou de como mobilizou as escolas estaduais do município a participar do concurso de redação, comemorativo aos 35 anos da Ameron, realizado no ano passado. “O juiz Wanderley José Cardoso esteve conosco em todas as escolas da cidade. Nós fizemos palestras sobre o tema da redação. Em seguida, nós incentivamos os alunos a participarem, tanto que Espigão foi a cidade que mais inscreveu redações no concurso. Mais uma vez, nós pretendemos trabalhar dessa maneira. Vamos incentivar os alunos com a presença do juiz e acho muito importante essa aproximação do Poder Judiciário com a comunidade”, observou a vereadora.