Por Notícia ao Minuto
Publicada em 10/05/2019 às 15h46
Numa conversa com uma freira da capital sul-sudanesa, Juba, o líder da Igreja Católica afirmou que tem intenção de se deslocar àquele país durante a visita de setembro, mas que não é capaz de se comprometer.
De acordo com a Associated Press, Francisco referiu que pode haver um "momento" para visitar o Sudão do Sul e que quando diz "momento" está a apontar para um momento de maturação nas relações do país.
Em conjunto com o arcebispo de Canterbury, Francisco planeou visitar o Sudão do Sul em 2017, mas a insegurança no país evitou a realização da visita apostólica.
Desde então, Francisco já acolheu o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder da oposição, Riek Machar, para um retiro espiritual no Vaticano e em que lhes beijou os pés, apelando à paz.
Francisco deverá visitar Madagáscar, Maurícias e Moçambique entre 04 e 10 de setembro.
O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do Norte árabe e muçulmano em 2011, mas a partir do final de 2013 o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a formação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.
O acordo para a criação de um Governo unitário com os rebeldes, aprovado em setembro, foi o mais recente de uma série de acordos entre o executivo de Salva Kiir e os rebeldes liderados por Machar desde o início de uma guerra civil, em 2013.
Em cinco anos de conflito, estima-se que este tenha provocado a morte de 400 mil pessoas e levado a que quatro milhões ficassem deslocadas.
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